Kitanda Brasil QUASE COMI MOSCA!

Pela primeira vez na minha vida chego de um restaurante e entro direto no banho. Não sei bem o que me levou a fazer isso, mas sei que algo incomoda dentro de mim (acho que Freud explica), com medo de passar mal a noite inteira e ainda, me sentindo muito indignada. Estou vindo de um jantar impensável. Ou inimaginável!

Bem… Ao pensar que nome dar a esse post, Luiz cantou “eu sou a mosca que pousou em sua sopaaaaa”, e meu amigo suiço com seu português um tanto confuso, sugeriu: “Essa mosca tá diferente… já não me conhece mais… “ kkkkkkkkkkk

.

.

Kitanda Brasil

QUASE COMI MOSCA!

Por Dilu Bartolomeo Villela
Kitanda Brasil. Lindo nome para um restaurante com a proposta de menu degustação com ingredientes brasileiros… hummm adoro! Mas….
Quadro que faz parte da decoração
Quadro que faz parte da decoração

.

Em junho estivemos em Tiradentes e quando pedi ao rapaz que trabalha na pousada Lis Bleu para fazer uma reserva no Kitanda Brasil, ele sugeriu que fôssemos a outro restaurante. Insisti, só que o restaurante estava fechado. Este final de semana, de novo na cidade, comentei com a dona da Pousada do Oratório. Ela não demonstrou entusiasmo, também não fez qualquer comentário maldoso, mas os olhos dela quiseram me dizer algo e isso me soou suspeito. Agora aqui, com ânsias de vômito, fico me perguntando por que não percebi os sinais, eles foram óbvios. Além de não ter percebido, ainda insisti! Insisti e olha no que deu!

Frente do restaurante
Frente do restaurante

Tanea Romão abandonou uma empresa com 80 funcionários em São Paulo, para abrir em Tiradentes, o Kitanda Brasil. Simpática, agradável, cativante, risonha, assim como toda cozinheira deve ser. Narrou sua história, contando que fazer comida sofisticada é fácil, difícil é ganhar prêmios fazendo arroz com feijão.

kitamda veja

Tanea nos encantou de cara e embarcamos em seu restaurante com a certeza de que teríamos um jantar “daqueles’, segundo ela, com “comida ancestral, comida de raízes…”

Sorriso largo esbanjando alegria e simpatia
Sorriso largo esbanjando alegria e simpatia

Antes de assentarmos, nos deu suas deliciosas geleias para provar. A de cupuaçu é simplesmente espetacular, a de hibisco e a de pimenta também são ótimas. Pensei:

     – Claro que vou levar comigo todo o estoque da geleia de cupuaçu – ingrediente que mais amo no mundo.

O melhor da casa
O melhor da casa

Assentamos. E o que é a primeira coisa que se faz nessa circunstância? Escolher um vinho. Opa! Mas no Kitanda Brasil não é preciso se dar a esse trabalho, pois só tem uma única opção: tinto e nacional. Nada de preconceito, o problema é nos impor uma bebida. Penso que menu degustação, onde ingredientes e sabores diversos dão o tom, começar com vinho branco ou espumante, seria o mais apropriado. Tinto não combina mesmo!

A ajudante
A ajudante

Então vamos escolher o menu. Opsss…

    – “Aqui não existe menu, temos a opção de um curso de 7, 12 ou 20 pratos.”

Resolvemos ficar com o de 12 pratos. Outra imposição? Ah nada! O astral do lugar é super gostoso e teremos uma noite deliciosa, pronto!

Jogo americano de chitão e prato de ágata
Jogo americano de chitão e prato de ágata, tudo lindo!

De cara, vieram umas lâminas muito bem feitas de massa de pastel com as tais geleias misturadas com manteiga. E uma de café, inesquecível, maravilhosa! Pedimos “repeteco” muitas vezes, pois o serviço estava lento.

Delícia!
Delícia!

Oba! Chegou o primeiro: lambari da horta à milanesa com maionese de cupuaçu e um suco de capim limão (um pouco amargo). Interessante a ideia, se estivesse gostoso.

Lambari da horta
Lambari da horta

Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou um cuscuz paulista com frango, azeite de pimenta e flor de coentro, gostosinho demais!

Cuscus paulista
Cuscuz paulista

Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou um bolinho de feijão com ora-pro-nobis. Ué! Será que ela não se enganou? Não pode uma coisa tão ruim e feia como essa.

Meio queimado e muito ruim!
Meio queimado e muito ruim!

Aí passaram uns minutinhos e chegou o acompanhamento: uma polenta branca com serralha. Meu Deus, isso combina? Não mesmo!

A polentinha não estava ruim, poderia ter vindo só ela
A polentinha não estava ruim, poderia ter vindo só ela

Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou… NADA! Foi dando mau humor geral, os olhos foram ficando pequenininhos, as bocas abrindo, não para entrar um garfo, mas todas bocejando, e claro, começaram as reclamações, os assuntos foram escasseando, a não ser uma conversa de que ao ficarmos muito tempo sem comer, a mente manda mensagem de satisfação e acontece de perdemos o apetite… Começamos a reparar mais ainda na decoração, e ansiar por uma santa ceia….

Luiz começou a pedir cachaça
Como o quadro sugeria pinga, Luiz começou a pedir cachaça…

Chamei a moça e falei que não conseguiríamos ter 12 cursos com aquele enorme espaço de tempo entre um prato (???) e outro, e se poderia passar para 7. A Tanea veio à mesa já com uma expressão um pouco diferente da simpatia inicial, respondendo que, se mandasse mais rápido não teríamos nem tempo de degustar direito (como assim? degustar aquele “tico” de coisa, e ficarmos esperando 20, 30 até 40 minutos!).

Tanea sem aquele sorriso farto com o qual fomos recebidos
Tanea sem aquele sorriso farto com o qual fomos recebidos, dizendo que seria mais rápida dali pra frente

Mas vou te contar que aí que a coisa piorou. Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou jiló cozido (delicioso) na geleia de hibisco com patê de fígado. Meu amigo comentou delicadamente:

     – Tudo muito pastoso, processado, não se sabe bem o que se está comendo.

Ai meu Deus… Vergonha alheia!

Patê de fígado com Jiló cozido no hibisco
Patê de fígado com Jiló cozido no hibisco

Deixa eu abrir um parênteses: quando eu liguei pra fazer reserva, ela perguntou se além do vegetariano, alguém tinha alguma restrição alimentar, e eu disse que não gosto de miúdos, fecho parênteses, e te conto que “nesse curso” veio nada (NADA) pra mim e pro Luiz, será que ela esqueceu? Aí eu disse que não gosto de miúdos, mas amo jiló. Aí, para o Luiz veio NADA, e para mim, isso: um minúsculo pedacinho de jiló.

Jiló com Hibisco: delicioso! Mas veio apenas isso no prato
Jiló com Hibisco: delicioso! Mas veio apenas isso no prato

Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou uma gororoba. Ãh? Sim, chegou um amontoado de… acho que era canjiquinha (longe de parecer com nossa deliciosa canjiquinha mineira) com bochecha de boi. A carne estava simplesmente esdrúxula… Não me pergunte o porquê de eu só me lembrar do Leo Paixão e das minhas experiências gastronômicas com a papada do Glouton veja aqui https://dilucious.com.br/?p=6852.

"Fica uma dica para meus amigos cozinheiros: se você quer fazer um estilo simples e usar prato simples, tente caprichar na apresentação.
Fica uma dica para meus amigos cozinheiros: se você quer fazer um estilo simples e usar prato simples, tente caprichar na apresentação.

Comi, não gostei, remexi pra entender aquilo… comi de novo, pensei em pedir sal, remexi e… Não estava tão-somente ruim, estava habitada por um ser não bem-vindo. A mosca (daquelas azuis) já tonta, andava lentamente entre a gororoba. ECA!!!! Tive ânsias de vômito… Minha amiga que já estava achando a comida horrível, aproveitou pra deixar o prato intacto. A Tanea se desculpou dizendo que nunca aconteceu isso blá blá blá.

Nem o cuidado de tirar aquelas partes esquisitas que se parecem com gordura, mas acho que é colágeno
Nem o cuidado de tirar aquelas partes esquisitas que se parecem com gordura, mas acho que é colágeno

Aí… falou que o prato principal era arroz branco, feijão fradinho, banana e PÉ DE PORCO COM JOELHO DE PORCO. Eu ouvi bem? Depois de bochecha, um pé de porco? Meus amigos recusaram e eu pedi pra trocar (só tinha frango). Passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e chegou. Foi adicionado um suco de uma coisa verde, acho que o capim santo que sobrou e amargou mais um pouco – simplesmente horrível. Sem mais palavras!

Parecia um pesadelo!
Parecia um pesadelo!

Sobremesa: Manga VERDE batida com leite e farofa de rapadura. Pelamordedeus! Precisava ser verde? Se fosse madura já não seria nenhuma delícia, mas… descia! Mas aquela coisa pegando na garganta e completamente sem criatividade…

Sobremesa com manga verde
Sobremesa com manga verde

Depois de três horas e meia para comer isso que mostrei aí, pedimos a conta, passou um tempo, passou mais tempo, mais um pouquinho de tempo e nada. Pedimos a conta de novo… e nada. Luiz levantou, foi até ela, pediu, ela disse que ia cobrar na mesa, e nada. Afff… Ouvíamos a conversa dela com uma pessoa lá fora, contando caso, falando (alto) do tanto que seu arroz com feijão é bom, soltando gargalhadas… A casa vazia… e nada!

Ninguém para atender e demorando para trazer e cobrar a conta
Ninguém para atender e demorando para trazer e cobrar a conta

Pedimos para a atendente, que nos respondeu que não podia cobrar… Inacreditável! Depois de muito testar nossa paciência, até que enfim a conta chegou. Foi cobrado o que comemos, o que não comemos, o que estava incluído e ela esqueceu de servir no lugar dos miúdos, e claro, a mosca também foi cobrada.

Talvez a mosca teria sido esquecida se Tanea, como proprietária, tivesse tentado nos fazer esquecer o ocorrido com a simpatia com a qual a alegre Tanea nos atendeu. Só que aquela que nos recebeu se transformou. Sinceramente? Acho que ela ligou o fodas (desculpe a palavra).

Meu amigo tentou abrandar porque viu meu embaraço por tê-los colocado naquela “fria”, mas foi a frieza com que a dona do Kitanda Brasil passou a nos tratar, a indiferença com que ela expôs sua falta de compromisso e a demora para trazer a conta, que fez com que todos sentíssemos um misto de deboche e gozação.

Faz parte da decoração
Os fantoches fazem parte da decoração, nada simbólico, muito menos, pejorativo!

Pois bem, devo confessar que a indignação que tomou conta de mim não é gratuita. Foi ela que me faz querer um banho para ver se conseguia lavar, além do nojo, a vergonha que eu estava sentindo de meus amigos. Penso sinceramente que ainda estamos, nós mineiros e brasileiros, neste nível baixíssimo na gastronomia, porque ninguém reclama, ninguém faz nada, paga e fica por isso mesmo. E ainda tem uma VEJA – veja bem – soltando prêmios disso e daquilo! Sim, acho que nos nivelamos por baixo. Quem gosta disso que acabo de mostrar não tem a menor noção do que é comida ancestral, de raízes, nem muito menos de  “arroz e feijão”.

Quando chegamos achamos o copo "lagoinha" super bacana
Quando chegamos achamos o copo “lagoinha” super bacana

Aliás, é preciso ter talento para ser simples. Não adianta “simplesmente” querer fazer um estilo – antes, é preciso estudar (muito) para que o resultado não seja um fiasco. Porque senão, quem come mosca, além do cliente, é o empreendedor! Falando em mosca, não coma uma. Essa semana é a semana de Tiradentes. A partir de amanhã vou mostrar a beleza desse tesouro escondido entre as mais lindas montanhas dessa nossa Minas Gerais!

aaaaSe quiser receber as atualizações do Dilucious, cadastre-se aqui

BBB

41 comentários em “Kitanda Brasil QUASE COMI MOSCA!”

  1. Amiga,
    adoro a maneira como voce descreve, já te falei isso!!!
    É como se eu estivesse lá com voces, apesar de ter sido péssimo!!!
    Um bom restaurante, além da comida bem feita e que pode sim, ser simples, tem que ser limpo e ter um ótimo atendimento.
    Que pena!!!!
    bjo grande querida

    1. Obrigada Valeria querida, falo o mesmo de vc, suas colunas no Conexão são super bacanas
      É isso mesmo amore, mas está tão difícil encontrar isso. Mas a gente vai tentando, ne? rsrsss… Bjs

  2. Ana Paula Lanari

    Estou muito triste, esse tipo de serviço tem sido muito comum no Brasil. Parece que o cliente está fazendo um enorme favor ao empreendedor de estar naquele estabelecimento. Será que vamos precisar de uma tragédia como a de NY ou da crise portuguesa para tratar bem os clientes? Onde está aquela máxima, o cliente tem sempre razão? Que horror! E ainda cobrou um prato com mosca varejeira? Nojento! Tinha que ter pedido milhões de desculpas e não cobrado pelo menos esse prato. Como disse uma vez, o que que aqui nem é o caso pois a comida também é ruim, mas o serviço ruim estraga ou piora qualquer comida!

    1. Polinha querida, estamos muito longe de chegar ao serviço português. Além do preço! É impressionante pensar na qualidade do que é servido numa mesa portuguesa, o valor cobrado e o atendimento.
      O cliente aqui nunca tem razão! Nem quando é comprovado o erro, vc viu isso a pouco tempo.
      Bjs amiga

  3. Maria de Menicucci

    Dilu, que horror este restaurante! Quanta falta de profissionalismo,enquanto lia o seu relato também pensei no Leo Paixão que está sempre sorrindo para a gente e nos cortejando nas mesas, tentando fazer o melhor que pode para nós!

    Fiquei curiosa com uma coisa: como chegou a nome deste restaurante a ponto de insistir em reservar?

    1. Ei minha querida Maria, que saudade de você e que bom vc aqui. Fiquei feliz!
      Antes de irmos em junho, alguém, não me lembro quem, me indicou esse restaurante. E como é uma proposta que afina com o meu, resolvi conhecer. Mas foi um pesadelo, ainda mais que tínhamos convidados… aff!!! uma vergonha!
      Bjs e volte mais amor

  4. Eu e meu marido estivemos neste restaurante e nào foi muito diferente, nossa sorte foi não ter sido agraciados com a mosca. Credoemcruz!

    1. Luana, estamos meio acostumados com comida decepcionante, mas aquela mosca no meu prato, meio bêbada, ela deve ter sido misturada muitas vezes naquela gororoba… ai só de lembrar me dá ânsias de vômito de novo…

      1. Bom, primeiramente gostaria de dizer que eu fui no restaurante junto com minha filha e fomos muito bem recebidas por todos principalmente pela chefe na qual tive o prazero de trocar um pouco de prosa. Eu pesquisei o restaurante antes de ir e entendame que, esse restaurante que ela abre é a casa dela, um jeito muito diferente de ter um restaurante, os fantoches, o jogo americano, os livros, a visão para a cozinha… Tudo é realmente aconchegante e brasileiro devido às cores. Os temas dos pratos dela são brasileirosempre. Infelizmente você teve o infortúnio de encontrar uma mosca no seu prato, mas deveria ree pensar que isso poderia acontecer com qualquer pessoa em qualquer restaurante. Não há necessidade de fazer um escândalo por isso certo? Apenas chamar a garçonete, dizer é ela trocar o seu prato, pois eu tenão certeza que que fizesse isso com calmaria a própria chefe iria te pedir desculpas e entrar outro prato a você. Confesso que o preço é meio salgado, mas faria de tudo para voltar lá com minha família novamente. Nem todo restaurante bom é com cortinas de seda e talheres de prata.

  5. É mesmo dificil de acreditar. Eu não entendo muito de menu degustação ou de cursos, mas isso que eu to vendo ai nas fotos mais parece resto de comida de buteco vagabundo. Eu eim!

  6. Dilu, eu fico pensando que muitas pessoas devem achar esquisito você falar mal de restaurante. Um dia até eu mesma cheguei a comentar com algumas pessoas. Uma delas foi contra e te defendeu, falando que vc fez um compromisso qdo montou este blog. A gente falou que isto não te dava o direito de meter o pau nos restaurantes. Mas o curioso é que tem relativamente pouco tempo e eu já mudei minha opinião, inclusive, eu passei a te respeitar mais. Isto que vc escreveu lá no post, que nós estamos tão mal atendidos de restaurante pq a gente não fala nada, não reclama, eu acho que vc tem razão, se todo mundo botasse a boca no trombone eu tenho certeza que a gente nao tava pagando tão caro e comendo tão mal.
    Outro dia fui num restaurante que vc já até falou aqui, a comida estava de doer e pior é ter de pagar pra comer mal. Continue ajudando a gente, quando tiver ruim, não deixe de falar mesmo.
    Até o próximo.
    Marcinha

    1. Ah Marcinha, que bom você ter chegado a essa conclusão, porque na realidade, minha intenção, claro que não é atrapalhar o trabalho dos chefs, aliás, é bem o contrário. O que mais desejo é que tenhamos muitos restaurantes bons, pois é o programa mais gostoso que existe.

      É verdade que o compromisso ao qual você se refere foi feito: http://dilucious.com.br/?page_id=888

      “Do mesmo modo que críticas são bem vindas no Dilucious, os comentários negativos, quando aqui postados, terão como único objetivo, assessorar as escolhas dos leitores. Julgo que, ao expor vivências e experiências em lugares públicos, os acertos e as falhas notados, serão também de primordial importância para os estabelecimentos, pois podem servir como uma ferramenta de apoio na conquista de melhorias.”

      Adorei seu comentário, obrigada por sua participação e sinceridade.
      Bjs

  7. ELIANA FERREIRA BARBOSA

    Bem só posso dizer que com a cara feia eu já sairia , e com esta gororoba diria obrigada ! Para agradar é preciso 1o que me encham os olhos ! Qualquer comida bem apresentada , com o aroma agradável e sabor simples , ganha no que pecam pelo exibicionismo , não permaneço em um lugar deste muito tempo , questão de cheiro ! Você me espanta Dilu é tão exigente com você mesma , o cheiro não devia ser dos melhores !!! Moscas vem com o cheiro e esta Tanea muito esperta tentando enganar os visitantes estrangeiros , deve dizer que esta é nossa culinária (ECA)

    1. Dilu Bartolomeo Villela

      Amiga querida, sou um pouco chata mesmo com a questão do cheiro, mas lá não tinha cheiro de nada, nem de comida boa , nem de comida ruim. Como disse no início, o ambiente é simples, mas muito agradável, e ela chegou com muita simpatia, dizendo de arroz com feijão premiado, sendo que Luiz e eu amamos arroz com feijão…. manjar dos Deuses, QUANDO BEM FEITO! rsrrssss

  8. É isso aí. O mesmo acontece na politica. Ah se a gente botasse a boca no trombone, o Brasil nao ia ser assim nao e esses canalhas que tão precisando de cadeia já teria ido parar atrás das grades. Nossa to cheia da gente ser tão covardes. Pelo menos aqui Dilu, fale mesmo. Pelo menos a gente nao vai em restaurante ruim. Obrigada, e um abraço

  9. Dilu querida,
    Em primeiro lugar tenho certeza de que nossos amigos suíços , te conhecendo como bem conhecem, se solidarizaram diante dessa noite de horrores.
    Não só com esses dois queridos nossos, mas com metade da população, rsrsrs, vc tem créditos de sobra , seja pelos “ágapes “que nos proporciona,seja simplesmente por você mesma sem nenhum acompanhamento!!!!!
    Em segundo lugar, o fato só vem reiterar a improvisação irresponsável de gente que menospreza o cliente e super estima a capacidade de tapeação, como se esta , não tivesse consequências… Vc não imagina o meu espanto ao ver , através das fotos, aquelas coisicas perdidas em pratos , agigantados…
    Apresentação _zero, com direito à mosca varejeira, aliada aos inúmeros erros de “fabricação” , fazem com que , Quitanda com K,
    jamais faça parte do roteiro gastronômico de pessoas normais.
    D. Tanea “deu” azar_ foi servir mal uma Chef de mão cheia, formadora de opinião de milhares de fãs e seguidores de gosto apurado.
    Pronto. Bem feito. E agora????

    1. Dilu Bartolomeo Villela

      Sutileza, o pior que os pratos são de sobremesa, e prato de sobremesa de ágata você imagina… é bem pequeno, não são pratos modernos de sobremesa que são por si só, maiores. Por isso, acho que as fotos nem foram fiéis rsrssss…. O jiló dentro daquele pratico, me fez pensar que ela traria outra coisa para substituir… afff! Um horror! Mas o jiló estava delicioso, tenho de ser justa (vou até copiar a ideia rsrssss).
      Obrigada pelos sutis elogios…. Só vindos de você mesmo! rsrrsssss….

  10. Ei Dilu,
    Saudades de você! Que experiência horrorosa! Sinto por você! Confesso que isso tem acontecido com muita frequência, o que dá muita preguiça de sair de casa. A gente sai com uma expectativa, quer se divertir, passar uma noite agradável com amigos e a comida é medíocre e cara.
    Acabamos indo sempre aos mesmos restaurantes que não nos decepcionam e acho que aqui em Belo Horizonte são poucos. É muito bom você compartilhar essas experiëncias para que não entremos na mesma ‘canoa furada’. Beijos

    1. Dilu Bartolomeo Villela

      Ei Lu querida e sumida! Comentei com outra amiga o porque de irmos tanto aos mesmos e pouquíssimos (2) restaurantes sabendo que só neles, teremos boa comida. Quase todas as vezes que saimos, voltamos pra casa com uma sensação de fome. Fome de lugares decentes que não nos deixe sentir que fomos ludibriados, pagando alto pela comida (baixa) e atendimento baixíssimo… Ainda vou te contar que nossa péssima experiência em Tiradentes não acabou, você acredita?

  11. Neide pimenta Magalhães

    Oi Dilu,
    Estarei em Tiradentes do dia 9/8 a 1/9. Vou passar longe desta Kitanda com “K”.
    Alguma sugestão de restaurantes? O Pau de Angu continua bom?
    Sou mineira, moro em Brasília, adoro cozinhar e sou apaixonada pelo seu site e pelas aulas diluciosas da Glorinha. Uma fofa!!!
    Bjs
    Neide

    1. Dilu Bartolomeo Villela

      Ai que bom Neide, fico muito feliz com seu comentário, super obrigada!
      Olha, te sugiro conhecer:
      – CasAzul Bistrô Latino & Grill (Rua Da Cadeia Esquina c/ Rua Ministro Gabriel Passos) se você gosta de comida mexicana. A dona chama Penha, é uma fofa e te atende com a maior simpatia e competência) Vou fazer o post
      – Pacco & Bacco (Rua Direita, 166) que além de lindo, surpreende pela comida, nada excepcional, mas bem feitinha e saborosa.
      – Angatu (R. Santíssima Trindade, 81)
      – Atrás da Matriz (Rua Santíssima Trindade, 201)
      Minha querida amiga Ana Paula e seu marido super chef Vittorio nos sugeriu o Pau de Angu, mas como foi o dia que fomos em Bichinho e saímos comendo tira gosto, não conseguimos chegar lá kkkkkkkk Acho que você deve ir, pq eles sabem das coisas!
      Vou continuar com alguns posts mais sobre Tiradentes, depois volta pra vê-los.
      Um grande beijo querida

      1. Dilu,

        Obrigada pelo carinho e indicação do Casazul.
        Quando voce esteve aqui, a Rejane, minha sócia e cozinheira não estava na cidade.
        Gostaria de convidar voce e Luiz para conhece-la em sua próxima visita a Tiradentes.

        Um grande bj,

        Penha

    2. Neide, boa tarde,
      Kitanda com K…..
      Kitanda com K é a origem da palavra do dialeto quimbundo e significa tabuleiro onde se coloca produtos alimentícios para venda.
      Realmente foi muito negativa a experiência da sua amiga em nosso restaurante e isso é importante para que seja repensado nosso trabalho.
      O pau de angu está entre os melhores restaurantes que temos na cidade.
      Gostaria de convida-la a nos visitar e conhecer o nosso trabalho, que é feito há 15 anos.
      obrigada e boa estadia
      Tanea Romão

  12. Que horror Dilu!!!
    Já dá para imaginar só pela cara dos pratos, que apresentação feia, não convida com os olhos ainda mais pelo paladar.
    Nesse eu não passo nem perto!!!
    Bjs
    Leninha

  13. Vera das Alterosas

    Então…. depois de mto caraminholar, volto pra comentar. Já havia lido, não sei onde e nem quando, sobre a Tanea.Ela fez, acho, curso de geléias na França – pelo que disse sáo realmente boas – e depois resolveu montar o restaurante. Li que é conhecida na cidade por comprar, de pequenos produtores, coisas improváveis de serem vendidas, p ex, jiló maduro. Enfim, confesso, estava curiosa a respeito dela e seu restaurante. Aí me vem você, meu guia confiável para assuntos gastronômicos, infinitamente mais do que Veja, Quatro Rodas e quetais, e faz este post. E agora?
    As fotos realmente não me agradaram, falta capricho e acabamento. Mas, quero arriscar outra linha de caraminholas.

    Dilu, para coisas a vida não nos dá uma segunda chance. Uma delas é a chance de causar uma boa primeira impressáo. Pior que isto, é quando a primeira impressáo se torna táo irremediávelmente negativa, que náo temos a chance de fazer dela apenas a primeira impressão e não a última e definitiva. Lembrei-me hoje, lendo seu post, do meu primeiro comentário neste blog. Sentindo ou pressentindo sei lá, que poderia ter sido indelicada o suficiente para provocar em você uma antipatia definitiva, voltei para amenizar o que havia dito. Você já havia me respondido. Uma resposta que, pela serenidade e abertura, me deixava uma saída. Uma segunda chance. Foi este o nosso começo.

    Porque retomo esta passagem para comentar seu post? Amiga, por pior que tenha sido esta mosca, este cardápio, este tempo, mais um tempo, mais um tempinho de espera que te causou tanto mal estar. Ao final do seu post você revela o x da questão:
    Talvez a mosca teria sido esquecida se Tanea, como proprietária, tivesse tentado nos fazer esquecer o ocorrido com a simpatia com a qual a alegre Tanea nos atendeu. Só que aquela que nos recebeu se transformou. Sinceramente? Acho que ela ligou o fodas (desculpe a palavra).

    “(…) mas foi a frieza com que a dona do Kitanda Brasil passou a nos tratar, a indiferença com que ela expôs sua falta de compromisso e a demora para trazer a conta, que fez com que todos sentíssemos um misto de deboche e gozação.

    A dona da Kitanda, quando a coisa desandou, não soube manter o sorriso que te cativou na chegada. Quando a mosca pousou, ela foi lá pra fora conversar, ao invés de sentir empatia e demonstrar empatia por vocês, por mais difícil que isto fosse.E assim, não te deixou uma porta aberta, uma saída honrosa, uma proposta de que lhe desse uma segunda chance. Tivesse ela avaliado a diferença entre valor e preço, não teria te apresentado a conta. Talvez te mostrado a cozinha, pra que pudesse realmente sentir que aquilo, provavelmente, nunca tivesse mesmo acontecido antes. Por fim, ela deu um grande azar. Você estava com seus amigos. Quem conhece Dilú sabe o que significa isto. Significa que tudo se agrava e muito.
    Esta conversa toda pra te dizer que, acredito e sempre digo que, nada, absolutamente nada, substitui o ser humano em toda e qualquer relação, inclusive as comerciais e contingentes. E o que o simples é o contrário do fácil. Alguém que se propõe a fazer sucesso com o simples e exatamente por ser simples, dificílimo ärroz e feijão”, tem de saber acompanhar este prato com coisas simples,, palavras simples, gestos simples. Ou vai soar falso. Coisas que poderiam ter salvado um pouco a noite, se tivessem sido feitas. Simples assim. bjks amiga. Esta semana acompanhando seus posts com mto entusiasmo, fala de um lugar que me é mto caro: Tiradentes e adjacências.

  14. Dilu Bartolomeo Villela

    Amiga que mora no lado esquerdo bem apertadinho do meu peito e que todas as vezes que vem aqui (no blog ou aqui em casa) me faz arrepiar. Vc tem esse dom: fazer as pessoas quererem ler e reler e novamente reler o que vc escreve. Não vejo a hora do ano que vem chegar para podermos usufruir mais de você. Que Deus te dê um bom tempo de descanso que faça com que você nos retorne com todo esse potencial, ou manancial!
    Esse comentário não vale um post, ele é um post ou uma aula. Simples assim!

  15. Boa tarde,
    É com grande pesar que leio esse post mas agradeço sua sincera honestidade.
    Realmente, no momento da reserva eu já sentia sua pré ocupação com o nosso trabalho e com o restaurante.
    Como dizem……”o pão sempre cai com a manteiga para baixo” e foi exatamente isso que aconteceu em sua mesa.
    No ato da reserva nós avisamos que não temos carta de vinhos e que o cliente pode trazer sua própria bebida sem pagar pela rolha. Somos da opinião que enquanto não temos uma adega como deve ser realmente uma adega, preferimos que o cliente traga o vinho que lhe agrada.
    Um outra coisa, ainda em relação à bebida, é que naquela noite o vinho que fazia par com o “péssimo jantar” como você mesmo o descreve e eu talvez o descrevesse assim, também, era o vinho brasileiro.
    Tenho feito um trabalho baseado no resgate de receitas pela oralidade e ingredientes e foi uma pena que a única coisa que lhes agradou foi a massa de pastel e eu fui insensível, o bastante, para não perceber que mais nada agradava, pois durante todos os tempos vocês pediram para repetir a massa de pastel com as manteigas temperadas.
    A noite não podia acabar pior……quando minha assistente chegou na cozinha dizendo que tinha uma mosca em seu prato eu não pude acreditar que isso tinha saído da cozinha e para minha “nojenta” surpresa o bicho ainda se mexia e somente por isso, fui até sua mesa, com o prato para mostrar-lhe que isso estava acontecendo.
    Seu gentil amigo suiço disse que tinha visto a mosca cair depois de você dar a primeira garfada. Desculpe-me novamente pois isso, de fato, NUNCA aconteceu em nosso estabelecimento.
    Quero me desculpar por atendimento, serviço e cozinha tão ruins. Imagino que as pessoas que passaram pelo Kitanda Brasil, até hoje, tenham tido um grande engano em apreciar nossa cozinha.
    Coincidentemente, naquela mesma noite, recebemos uma crítica de gastronomia, que comeu a mesma comida servida na mesa de vocês e que gostou, inclusive, da proposta da manga verde. Em Bogotá manga verde é servida nas ruas e eu fiz o “fruto proibido” naquela noite, não por faltar manga madura, mas pelo lúdico da manga verde e do leite.
    Imagino que não queira se aventurar nunca mais por nossa cozinha, mas ainda assim faço questão de convida-los para um outro jantar, em sua próxima vinda à Tiradentes, trazendo o vinho que melhor lhe convir e posso inclusive lhe passar o cardápio, anteriormente, para que possa fazer as harmonizações.
    Esse tipo de crítica, como a sua, é muito positiva e producente pois me faz repensar o meu trabalho e todos os meus anos de estudos.
    Agradeço, sinceramente, sua postagem
    Tanea Romão

  16. Tanea, só agora estou vendo essa mensagem, desculpe. Como estou um pouco sem tempo de ler e responder, ainda mais que a mensagem é enorme e pelo tamanho, imagino que deva ser a mesma que vc me enviou anteriormente, copio aqui nossa conversa no inbox do facebook:

    Domingo 16:50

    Dilu Bartolomeo, boa tarde,
    Sinto muitíssimo pelo ocorrido em seu jantar no Kitanda Brasil. Não tenho um restaurante de faixada e muito menos quero ter atitudes diferentes das minhas crenças.
    Críticas, como a sua, só me fazem pensar na forma que estamos agindo e o caminho que estamos percorrendo.
    Desculpe-me se pareci hostil e se os fiz acreditar que os estava tratando com deboche. Longe de mim tal atitude.
    Os clientes não são responsáveis por problemas internos e não vou me justificar baseada nisso.
    A comida servida pode ter sido de péssima qualidade, na sua opinião e de seus convidados,mas a mosca foi um acidente. O seu gentil amigo nos disse, quando voltei à mesa, que ele a tinha visto cair.
    Imagino que não vá aceitar um convite para retornar e poder ter um parâmetro comparativo, mas ainda assim eu quero faze-lo.
    Realmente os pratos estão mal montados, um empratamento que não condiz com a “alta gastronomia” a que você está habituada, e isso me faz pensar se tenho que ceder ao meu desejo inicial de mandar pequenas panelas para a mesa e ao invés de um “menu degustação” empratado, que passe a ser um “banquete” onde os comensais abram as tampas e se sirvam do que quiserem.
    Realmente depois da bochecha, um pé de porco pode ter sido demasiado pesado, e naquela situação, se tivesse servido um linguado no vapor, ele também teria sido, pois depois de achar uma mosca no prato, nem um champagne teria sabor ou elegância.
    Realmente me supreendeu saber que duas pousadas da cidade torcem o nariz ao ouvir falar do kitanda Brasil e por isso a grande importância da sua postagem.
    Muitas vezes ficamos na zona de conforto, fazendo apenas mudanças internas e sem saber o que está acontecendo no exterior, ainda mais quando recebemos clientes hospedados nas pousadas citadas e que depois retornam ao restaurante em suas viagens de volta à Tiradentes.
    Esse tipo de acidente ou incidente, em 15 anos trabalhando com gastronomia nunca tinha ocorrido e não deveria ter tido uma primeira vez.
    Realmente eu tinha uma metalúrgica com 80 funcionários em SP, mas isso foi há 15 anos, quando vendi a minha parte e me mudei para o Sul de Minas e comecei a fazer geleias para gastronomia.
    O restaurante tem apenas 5 anos e tenho muito cuidado com o que sirvo e como isso está indo para as mesas.
    Estou no mercado de alimentação desde o ano 2000 e tenho muito respeito por quem eu sirvo.
    É bom saber que algumas coisas não estão sendo vistas da forma que eu quero passar, como o fígado com jiló, que seu amigo disse ter a mesma textura. Minha idéia inicial é que o jiló estivesse incorporado na terrine, mas como “não gostar” de jiló faz parte da intolerância a amargos, que sofre 70% da população mundial, eu o faço separado, mas com a textura do pate. A sua postagem me fez repensar e a partir de agora vou mandar o jiló em duas cocções……cozido e frito….o cozido para ser incorporado no paté, como se tivesse sido incorporado à ele e o frito para mudar a textura do prato.
    Não tenho como me desculpar porque esse tipo de acontecimento não merece desculpas…….
    um grande abraço e obrigada por me trazer lentes novas para os óculos antigos.
    Tanea Romão

    Domingo 20:24
    Tanea, apesar de triste (eu preferia ter outro contato ou estar conversando com vc sobre as boas “novas” da gastronomia), gostei de sua mensagem. Aceito sim seu convite, pois acredito que vc tenha amor ao que faz para reverter positivamente essa situação, aliás, torço por isso.

    Não faço publicidade para não corromper ou comprometer a ideia inicial, não sei se vc teve oportunidade de ler, mas o blog é direcionado aos leitores e aos donos de restaurantes e hotéis. No QUEM SOU do blog falo isso: “Do mesmo modo que críticas são bem vindas no Dilucious, os comentários negativos, quando aqui postados, terão como único objetivo, assessorar as escolhas dos leitores. Julgo que, ao expor vivências e experiências em lugares públicos, os acertos e as falhas notados, serão também de primordial importância para os estabelecimentos, pois podem servir como uma ferramenta de apoio na conquista de melhorias”. Gostaria que vc visse minha critica sobre esse aspecto, e me parece que assim foi.

    Te digo que em principio, achamos que seria um jantar delicioso, já que tudo estava lindo, acompanhado de sua simpatia inicial. Mas não preciso repetir o decorrer, já que sabe minuciosamente tudo que achei.

    Qto às texturas, meu amigo disse não ter gostado por não saber o que estava comendo, já que tudo era processado. Isso sim, acho que vc deveria rever (estou sugerindo, porque vc me abriu esse espaço). Qto à mosca, vc bem sabe a delicadeza de sentimento por parte dele.

    Muitas vezes não temos experiências tão boas como esperamos, apesar de frustrante, é normal. Por minha vez, te convido a ler esse post http://dilucious.com.br/?p=2967 para entender o que é alta e baixa gastronomia pra mim. Ao que realmente estou acostumada.

    Estou viajando essa semana e qdo voltar, vou programar uma ida a Tiradentes, pois adoraria ter uma experiência contrária a primeira no Kitanda. Sinceramente, adoraria escrever um novo post chamado KITANDA BRASIL Comi MANJAR!

    Fica com Deus, e que Ele te abençoe. Dilu

    http://dilucious.com.br/?p=2967
    ALTA GASTRONOMIA X BAIXA GASTRONOMIA
    dilucious.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima