Restaurante PARATELLA, mas bem que podia ser PARA”ELLA”

Nossa primeira vez no PARATELLA foi domingo passado, excelente dica da Ana Paula e Vittorio. Na hora do pedido… Hummm!  Complicou. Tudo que tinha no cardápio me agradava, coisa dificílima de acontecer – o que fazer??? Resolvemos a pendenga pedindo 2 pratos para dividirmos entre mim e minha companheira Ana Paula. Gostei tanto que, três dias após, lá estávamos nós de novo – só que a Maria, minha nova companheira, não foi tão companheira assim e não quis dividir os pratos comigo… snif.. snif… – o que fazer??? Disse ao chef que eu estava com muuuuuito desejo de comer a mesma coisa do domingo, que tinha 3 dias que eu só pensava naquele sabor: carbonara com tagliata. Me surpreendi com o que ele disse…

 

Restaurante PARATELLA

mas bem que podia ser PARA”ELLA”

Dilu Bartolomeo Villela

 

Quando Luiz soube que o restaurante era no Buritis, foi logo dizendo: Hummm, nós vamos tão longe? Já eu, adorei ter visto no que o Buritis se transformou, um bairro alegre, cheio de bares, restaurantes, muita gente nas ruas, enfim… um movimento que faz lembrar a tranquilidade de uma cidade do interior! Uma delícia!

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O restaurante foi batizado com o sobrenome do chef Matheus PARATELLA, mas bem que podia ser PARA”ELLA”, que no caso, o “ELLA” seria eu mesma… Kkkkkk… Tudo perfeito pra mim!  😆

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Então… “ELLA” adorou a comida. Bem preparada, bem temperada, bem cuidada, enfim, elaborada sem sofisticação, mas sofisticada no sabor. Parabéns Matheus! BH agradece por você elevar o nível gastronômico da cidade.

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Começamos com um vinho branco (só dando um toque a partir de uma opinião que não é minha: de tanto que falei, meus vizinhos foram conhecer. Adoraram a comida, mas disseram que acharam a carta de vinhos um pouco pequena).

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As entradinhas que saíram daquela cozinha aberta pro público estavam perfeitas.

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Vamos lá: o tomate recheado com burrata, pesto de manjericão e redução de balsâmico mais parece uma obra de arte com o nome de La mia caprese.

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A Salada de Polvo, de tão boa deveria ser prato principal.

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As laminazinhas crocantes com queijo de cabra, figo e mel, estavam deliciosas.

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Olive All´Ascolana. Quem se lembra da antiga azeitona empanada? Só que aqui, ela recebe roupagem gourmet e vem com recheio de carne, uma verdadeira delícia!

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O Vitello Tonnato é um preparo diferente, onde fatias de carne bovina são servidas com creme de atum. Parece estranho, né? É uma receita meio difícil, mas aqui ela ficou perfeita, tal e qual a melhor que já comi.

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A única coisa que achei que ficou um pouco aquém foi a Caponata de Legumes com Schiacciatine, que parece um pão com cara de biscoito. Tudo gostosinho, mas nada especial.

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Passamos para o vinho tinto…

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… para acompanhar o Raviolli recheado com ricotta e espinafre, e servido com molho de tomate.

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O Vittorio pediu o Brasato al vino rosso e mille foglie di batate. É uma paleta marinada no vinho tinto, cozida por 48 horas, finalizada no forno e vem acompanhada com lâminas cremosas de batata.

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O Coniglio al vino bianco e cipolline glassate, que é coelho deglaçado com vinho branco e acompanhado com cebolas baby, é cozido tal qual fazia a avó ou a mãe do chef, muito bem feito.

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O Risotto Alla Birra e Scampi é feito com cerveja e servido com lagostim. Me parece que tinha um toque de limão, que dava ao prato um sabor dos deuses.

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O destaque fica mesmo para o Carbonara, o melhor que já experimentei. E nem tem no cardápio. A massa é fresca e feita na casa. Ana Paula e eu resolvemos dividir o Carbonara e a Tagliata, que é uma carne maravilhosa.

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Na segunda vez que fui, quis repetir. O chef Matheus falou algo que me surpreendeu, pois mostra seu comprometimento com seu trabalho. Muito bacana! Ele falou algo mais ou menos assim: “Não vamos abrasileirar os pratos italianos, nossa intenção é oferecer aos nossos clientes a real cultura gastronômica da Itália. E na Itália, a comida é tratada com o maior respeito e a tradição manda seguir uma sequência: Antipasto, primo piatto, secondo piatto, contorno. A massa nunca se mistura com carnes ou peixes”.

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Aqui no PARATELLA, a Tagliata vem com o acompanhamento certo: uma abobrinha de tirar o chapéu.

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Opss… Ok! Então tá, vou olhar o cardápio! – falei toda chué. Olhei, olhei, olhei e… Mas eu tô com muita vontade de repetir o carbonara com a carne! Kkkkk… E num é que acabei conseguindo o que eu queria? É realmente MA-RA-VI-LHO-SO, mas na verdade, foi um capricho meu, pois acabei comendo tudo separadamente.

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Falei tanto que Luiz pediu o ravioli com o molho de quê? De carbonara claro, que veio com lâminas de parmesão no lugar da panceta, já que ele não come carne.

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Agora, vamos para as sobremesas. O Gelato artigianale eu não provei, a Ana Paula falou que estavam ótimos.

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A Panna Cotta é uma espécie de creme gelatinoso, eu adoro. Aqui, além do coulis, ainda vem um sorbet.

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A Bunet é uma das mais antigas sobremesas do Piemonte, região onde o chef estudou. É feita com cacau, amaretto, rum e vem com uma telha.

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A Tutto Nocciola tem as avelãs como ingrediente principal.

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Ai gente, para “ELLA” foi tudo tão bom, mas tão bom, que “ELLA” não vê a hora de conseguir um dia pra conhecer o almoço executivo. E você, que ficou babando com tudo que “ELLA” mostrou acima, corra, pois o chef pretende trocar o cardápio. Vai que já esteja na hora e você acaba perdendo!

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Só pra matar a curiosidade, a sequência a qual me referi, funciona basicamente assim:

– Antipasto: Entrada
As entradas são compostas por peixes, moluscos, crustáceos, verduras, carnes, frios e queijos.
– Primo piatto: Primeiro prato
Massas, risotos, sopas.
– Secondo piatto: Carnes brancas ou vermelhas
É a principal parte da refeição. Carnes brancas, vermelhas, frutos do mar e ovos.
Contorno: Acompanhamentos
Verduras cruas e cozidas, batatas, funghi.

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