Então… este não é o caso da BRASSERIE… BRASSERIE CHAMPEAUX by Ducasse

Na Paris do Século XII, exatamente em 1137, Louis VI teve a audácia de criar, bem no coração da cidade, um grande mercado que se tornou o precursor do que atualmente é o Forum des Halles veja aqui. Na época, o bairro de nome Champeaux acabou sendo um dos dois motivos que inspiraram o nome de um novo empreendimento gastronômico dos tempos atuais: Brasserie Champeaux. A outra fonte de inspiração foi um outro Champeaux, também restaurante, só que fundado em 1800. Este serviu como ponto de encontro para executivos e jornalistas, e ainda, foi imortalizado nos romances de Emile Zola.

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Então… este não é o caso da BRASSERIE

BRASSERIE CHAMPEAUX by Ducasse

Dilu Bartolomeo Villela

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A cozinha da Brasserie Champeaux é de ninguém menos que Alain Ducasse – sem dúvida o chef mais famoso do mundo e que mais empreendimentos gastronômicos tem mundo afora (abrindo um parênteses pra contar que não tive sorte em nenhum dos seus restaurantes que experimentei até hoje, mas vou tentando pela vida afora).

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Para esta sua mais recente iniciativa em Paris, o célebre e estrelado chef optou por se instalar sob os deslumbrantes telhados do recém reformado Forum des Halles. Bom gosto, viu?

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Tá, e o gosto? O chef propõe uma cozinha zero sofisticada, com produtos tradicionais franceses e preparos tais como confit de pato, sopa de cebola, escargots, pâté in Croûte (que é mega usual nos bistrots franceses), ostras, boudin (um tipo de linguiça), tartar, etc.

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Como chegamos depois das “benditas” treze horas e trinta minutos, horário máximo que se consegue almoçar em 99,9% dos restaurantes franceses, não tivemos a oportunidade de provar e muito menos aprovar as delícias acima citadas. Ficamos pelo ambiente que é super interessante.

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Tivemos de nos contentar com um menu reduzido, na minha opinião, desprovido de encanto ou glamour.

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Começando com uma cervejinha …

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… pão…

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… para acompanhar um prato de queijos…

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… e outro de frios (num deles senti um gostinho de passado).

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Bem, eu já sei sobre os horários franceses, mas nos dirigimos ao local por saber o que significa Brasserie.

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E o que entendo por brasseries é que são lugares grandes, animados, informais, que abrem todos os dias da semana, do café da manhã até tarde da noite e, normalmente, servem o mesmo menu durante todo o dia. Então… este não é o caso da BRASSERIE Champeaux.

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Já que não posso opinar sobre a comida, falo do ambiente!

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O lugar é claro e luminoso graças aos enormes panos de vidros.

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O logotipo da Brasserie Champeaux é inspirado – ainda que modernizado – na elegância da Belle Époque.

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O espaço tem capacidade para 180 pessoas, onde alguns privilegiados têm vista para a Saint-Eustache.

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O design contemporâneo é agradável.

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Se mostra em sintonia com a nova cara intrigante do Forum des Halles.

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E também em sintonia com o bairro, com seu astral descontraído.

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No mínimo estranho tirar foto do banheiro, mas fui obrigada porque, primeiro detesto banheiro de homem junto com o de mulher.

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Segundo que, tanto eu quanto Verônica, ficamos procurando onde secar as mãos… Verônica não foi tão bem sucedida quanto eu, que me propus a sair dali só depois de encontrar… rsrsrsss… Fica debaixo do espelho… Fica a dica! Kkkkk….

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Um elemento marcante do ambiente é um imenso painel de metal, idêntico àqueles display boards de aeroportos, onde são informados os horários dos voos.

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Só que na Brasserie Champeaux são noticiados os pratos que serão servidos e informações gastronômicas. Bacana demais!

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Sim, bacana demais, mas vamos ver se o atual conceito atrai a clientela local ou apenas a turistada em busca da tradicional cozinha gourmet de Alain Ducasse.

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Como disse lá no início, o Champeaux de 1800 foi imortalizado por Emile Zola. Então… Este é o caso da BRASSERIE Champeaux? Será ele futuramente também vinculado a algum escritor famoso? Não sei! Agora é esperar e ver a que veio o contemporâneo Champeaux, de 2016.

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Brasserie Champeaux – 12, passage de la Canopée – Forum des Halles – Paris

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Veja o post anterior

Paris… Tão pouca distância pra tanta exuberância!

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Veja o próximo post desta viagem

DOMINGO em PARIS, êta dia encantado!

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