Do lado de cá do mundo, pessoas loiras e magras são as que satisfazem o padrão de beleza, mas em outros cantos desse mesmo mundo, é o peso, tatuagens e acessórios que o determinam. Você já ouviu dizer que na Mauritânia (África Ocidental), o padrão é o oposto? Lá, a obesidade – isso mesmo – quilinhos e mais quilinhos é que fazem sucesso. Para agradar os futuros maridos, as meninas são obrigadas a ingerir dezesseis mil calorias POR DIA, num menu que as leva a engolir até dois copos de manteiga, bizarro! As mães acreditam que assim, suas imensas “gatas” ocuparão mais espaço no coração do amado… acho que na cama também, né?
E a síndrome da girafa? Sem noção! Em Myanmar, no mesmo intuito de agradar os “machos”, as “fêmeas” vão colocando, desde seus cinco aninhos, anéis de metal no pescoço. Depois, sem as argolas, os músculos não conseguem nem segurar a cabeça. E isso é ainda uma atração turística!
E há mais outras loucuras pelo desejo de um “visual” ocidental, como o da Coreia do Sul, onde o estilo “Michael Jackson” de ser, virou moda. Arrisca-se a ser branco, custe o que custar, e quando não se tem bens, o aspirante à nova cor usa produtos “alvejantes” piratas, e ai todo mundo sabe o que pode acontecer – estragos irreversíveis! Ou cirurgias para se obter olhos mais redondos…
Quem nunca viu pela TV o costume passado de mãe para a filha na Etiópia, onde o bonito é ter os lábios deformados através do uso de enormes discos de madeira ou porcelana?
Não só as mulheres passam por terríveis modificações estéticas no intuito de agradar o outro. Na Etiópia, os homens fazem cicatrizes para representar rivais mortos em batalhas. Bonito, hein? Mas as mulheres não escapam, coitadas! Para arranjar marido, que aliás, pode ter quantas “senhoras” quiser, nada de pulseiras, brincos ou anéis. Elas também são obrigadas a se mutilar e depois das feridas cicatrizadas, as marcas deixadas são um atrativo… Meu Deus!
É gente, neste mundo afora existem ainda muito mais outras maneiras de se fazer desejável. Anseios, costumes e atitudes mudam de cultura para cultura e a boa notícia é que graças à internet, ou à comunicação entre os povos, modelos culturais como estes, estão sendo alterados.
Agora vou citar outro tipo de beleza, aquela que existe, ou não, nos alimentos – padrão dos mais bizarros. Imagino o quanto deve ser constrangedor para uma cenoura, sofrer a tirania da boa aparência. É… essa tirania acontece também no reino vegetal! Acredite se quiser!
Nós, brasileiros, filhos de uma nação pobre, não podemos esbanjar alimentos que a natureza gentilmente nos oferece, apenas por estarem fora do “padrão” de beleza. Logo, te convido para assistir esse vídeo.
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Eu que vivo dizendo que não jogo nada no lixo e que adoro aproveitar tudo que dá errado na cozinha, amei a gloriosa ideia dessa rede francesa de supermercados. Nota 10 para eles e que sejam copiados pelo resto do mundo! E agora, gostaria de ler nos comentários, sua opinião a respeito de tudo isso. Quem sabe surge outra GLORIOSA ideia?
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Como eu disse antes vc pode e deve ser colunista também. Hahaha…Eu achei o máximo a relação do padrão de beleza até mesmo pra uma cenoura.
E o que dizer a respeito do desperdício? Im possivel de aceitar num mundo que ainda tem gente passando fome.
É verdade Pamela, impraticável padronizar algo que vem da natureza com uma régua ou um gabarito! Não dá!
Eu acho que eles deveriam doar os alimentos impróprios para venda, para alguém que se disponibilizasse a fazer um sopão.
A ideia é excelente Jussara, o problema é ter continuidade da parte de quem se propusesse a fazer o sopão.
Obrigada por sua participação. Bjs
Eu gostei muito desse post, mostra sua preocupação com o menos privilegiado. E vc sabe ser criativa, viu? Impressionante hehehe Padrao de beleza mundial e padrao de beleza do alimento. Super bacana.
Paula, apesar de não ter uma participação efetiva, me preocupo sim, com qualquer desperdício, o de comida então… Nem se fala! Não consigo jogar fora nem papel (correspondência), utilizo todos para papel de rascunho. Não aceito mais caixas e sacolas em lojas de roupas, ou coisas do gênero. Ontem estávamos num restaurante e o garçom veio trocar os talheres para o prato principal. Eu disse a ele que não precisava, mas tinha alguém na mesa que me perguntou porque não. Ai respondi: O restaurante está lotado, se todos trocam os talheres, imagina quanto detergente, água, etc estará sendo usado. Ai essa pessoa me respondeu: É… acho certo, mas não puxo afila não!
Pensa bem!
E essas mega-mercearias cheias de grana se juntarem aos vendedores do mercado, ou do Ceasa, e montar um restaurante popular?
Ideia maravilhosa fia!
Só podia partir de um lugar que valoriza tanto a comida. Gostei de ver essa matéria. obrigada.
É verdade Marcela, na França se come muito bem, e sabe valorizar esse bem maravilhoso!
Se formos olhar tudo isso, piramos a cabeça. Cada costume de arrepiar.
Sobre as “sobras”, já acho um absurdo. Nos brasileiros também temos o nosso diperdício.
Tiro essa conclusão porque em NY temos o serviço da prefeitura que chama “City Harverst” que são caminhões que recolhem em todos os cafés, salad bars, deli e muitos restaurantes, a sobra que pode ser doada aos abrigos existente no “tri-State area”. Toda a vez que eles buscam as sobras, eles pesam e de dão um recibo. Este recibo é deduzido no imposto de renda.
O que falta mesmo são incentivos e boa vontade dessa gente.
Bjs!
Felix querido, vou te contar uma coisa que vc não vai acreditar. Eu estava na esteira e assistindo a um programa de culinária. A mulher vira e fala: “Se a carne der errado, é melhor jogar fora e começa tudo de novo”. Pode? É uma falta de responsabilidade incrível!
É urgente que alguma coisa seja feita, não é possível tanto desprezo.
Sim, Lucas, chega a ser desprezo mesmo. Mas acho que quem deveria se preocupar com isso tem a mesa muito farta e não está nem aí para esse tipo de problema!
Dilu, eu acho que já existe um trabalho desse sendo feito no Brasil, de um grande publicitário. Depois procura saber.
Patricia, adorei ter feito esse post “Quem ama o feio, bonito lhe parece”, também pelo fato de ter tido a oportunidade de ter você falando sobre o publicitário, e minha amiga Angela Dourado que já havia me falado sobre o Nizan Guanaes… Fui pesquisar e pimba! Encontrei uma coisa maravilhosa. O texto é sobre publicidade http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=162794, mas se refere ao projeto FRUTA FEIA. Lá o autor, Nizan Guanaes, finaliza maravilhosamente com essa:
“O sucesso não é mais o acúmulo de dinheiro e de poder. Isso não é sustentável. É preciso encontrar a terceira métrica, a terceira medida: a felicidade. E ela se sustenta em quatro pilares: bem-estar, sabedoria, encantamento e benemerência”.
Adorei o post Dilu!
Lembrei-me de uma pequena feira de produtores de alimentos sem agrotóxicos , que acontece às sextas feiras , na praça JK , aqui mesmo em BH.
As cenourinhas, as bananas , as batatas , os tomates e vários outros legumes , frutas e hortaliças – que colorem a nossa mesa do dia a dia, – ali, naquela feira, não são bonitos como aqueles que a gente encontra nos supermercados. Mas são livres de produtos químicos e dos perfeccionistas de olho nos lucros das vendas. A perfeição está diretamente relacionada a interferência de produtos químicos!
Muitos dos alimentos livres desta interferência são justamente os que apresentam pequenos defeitos e tamanhos fora do padrão, assim como os que você aponta no vídeo.
No mercado distrital também há uma banca de bananas fora do padrão. Doces como mel! Rss
Esses produtores com certeza não conseguem vender para os supermercados. E ,de fato, não tem quase nenhum espaço .
A iniciativa francesa é louvável! Porque incentiva o produtor consciente.
Eles também aparecem nas quitandas das pequenas cidades.
E mesmo lá, muita gente torce o nariz rsss.
Adorei a matéria! Parabéns!
Marília minha querida, olha no comentário logo acima do seu, que lindo acabei de descobrir, é também a sua cara.
Dilu, vc é de uma criatividade IMPAR! Fica muito mais prazeroso ler qualquer coisa que atiça a curiosidade. Eu já tinha visto esse video e eu acho que eu nunca pensaria em assimilar o nosso padrao de beleza com o padrao de beleza da comida. Parabéns!
Priscila querida… Acabo de descobrir que já existe no Brasil algo similar com o nome de FRUTA FEIA e a chamada é: GENTE BONITA COME FRUTA FEIA!
Estou encantada com esse post! Agora o Dilucious é utilidade pública também! O assunto é muito sério, o mundo está difícil em vários pontos e do fome é gravíssimo, evitando o desperdício a gente faz um pouquinho da nossa parte. Bjos
Dilu,
o projeto Fruta Feia começou em Portugal e foi abraçado pelos franceses, alemāes e tb
pelo Nizan aqui no Brasil. É um olhar atento para esta sociedade do desperdício, uma quebra de paradigmas. Penso que deveríamos pegar uma carona nesta proposta, extendendo esta atitude
para tantos outros itens, pois certamente teríamos um mundo mais igual, menos consumista,
mais inclusivo ou seja, um mundo melhor!
Ótimo post!
Kisses and kisses,
Angela.