É um privilégio estar em um lugar onde se é possível respirar o ar de genialidade imutável que paira no ar.
Posso explicar!
Foi o Le Meurice, que o genial Salvador Dalí escolheu como seu hotel favorito durante trinta anos, em suas longas permanências em Paris. Nesse belo espaço, o espírito de Dali ainda reina supremo.
Por outro lado, ninguém menos que o também genial Philippe Starck, foi o escolhido para redecorá-lo.
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O belo palácio, situa-se nas arcadas da Rue de Rivoli, e é lá que se encontra o cenário “genial” (ou “surreal”) a que me referi acima. Com todo o talento que lhe é peculiar, o designer/celebridade Philippe Starck diz ter tido a coragem de não fazer nada na reforma. Na realidade, fez mudanças quase imperceptíveis, pois soube misturar magistralmente móveis modernos com antiguidades raras, deixando o ambiente aconchegante, moderno e o mais importante, sem ofuscar o estilo clássico.
Não foi apenas no nome que Dalí foi homenageado, para honrar sua memória, várias peças de mobiliário surrealista desenhadas por ele encontraram a “moradia” perfeita, ao serem reeditadas e acomodadas no restaurante. Olha que bacana e coerente! No design marcante de Philippe Starck, o abajur obtido através do quadro de Dalí, entra conferindo um toque engraçado.
Dalí desenhou a cadeira surrealista com três pernas (com pés e sapatos) chamada Leda, em 1935. A tratou como escultura e dizia que uma cadeira podia ser usada até mesmo para sentar. Rsrsssss Surreal?!!!
Nem precisa olhar para cima para sentir-se sob uma enorme tenda. A tela (mede cento e quarenta metros quadrados) que ganhou esse formato, cobre todo o teto e é assinada pela filha de Philippe, Ara Starck. Dizem que não existiu nepotismo, ela ganhou a concorrência por mérito, pois enviou a proposta sem seu nome.
O Bar 228 também recebeu um toque starckiano, muito ligeiro!
Jamais perderiam a oportunidade de homenagear Dalí, e muito menos o “gancho” de vincular o nome do pintor ao nome do restaurante. Le Dalí. Foi ali que almoçamos!
Sinais do mestre surrealista e do arquiteto genial estão por toda parte, enquanto na cozinha, o chef tido como estrela Michelin (Alan Ducasse, com certeza nem por lá aparece) oferece uma comida medíocre da requintada cozinha francesa, que provoca não só frustração e decepção, mas também mal estar.
Dos pouquíssimos dissabores que tivemos em Paris, certamente o maior, foi o LE DALÍ. Em princípio, me pareceu um restaurante atraente, claro, valia a pena conhecer! Para tal, fiz a reserva com semanas de antecedência (chegando lá, vi que nem era necessário) para um almoço que caiu num lindo e ensolarado sábado.
Se torna indispensável dizer que nossos amigos são acostumados a boa comida, gozam de altas degustações de vinhos sempre harmonizados com comida normalmente gourmet (para aumentar a minha culpa) e ele adora, entende e cozinha extraordinariamente bem.
A seguir, passo a contar nossa experiência, e até peço o que não acho elegante, depois que você ler, que me dê sua opinião. Nossa mesa foi atendida por garçons super corteses. O serviço foi impecável e atencioso. Veio nos cumprimentar a “Press Relations Manager”, Marie-Aude Laurent, mas… honestamente? Tenho minhas dúvidas se aquela linda moça teria vindo à mesa, se não houvesse a existência de um blog.
Como não veio nada de aperitivo antes de começarmos, fiquei pensando se eles esqueceram de servir a “amuse bouche”, tão comum em restaurantes desse tipo. Mas infelizmente, não! Não se esqueceram – é que não tinha mesmo. Esse tipo de “gentileza” do chef, além de gentil, prepara o comensal para a refeição, e ali, ele já começa a ter uma ideia do que está por vir. Mas… Em compensação vieram gougeres deslumbrantes, os melhores que já provei. Pães e uma manteiga deslumbrante, também de ótima qualidade. Não me arrependi por ter pedido para repetir algumas vezes. Não digo que foi isso que salvou o jantar, mas foi o que prestou!
Leticia pediu para entrada, uma Bisque de lagosta. Silêncio! (Foi o que presenciei naquele momento. Depois ela disse que era um prato bobo no sabor e pesado no preparo). E feio!
Ingo pediu uma massa com Coquilles, uma espécie de vongole. Silêncio! (De novo!)
As minhas vieiras com trufas estavam boazinhas… Boazinhas, mas nada que valesse um óhh! Me fizeram querer voltar às deslumbrantes que comi em Moustiers Sainte–Marie, pelas quais paguei 5 ½ vezes menos o valor.
Luiz… por total falta de opção, pediu alface com batata frita. Não… Não estou de gozação! É isso aí mesmo que você está vendo! Mas ainda tem mais um detalhe: esqueceram de trazer a batata… Trouxeram essa alface, PURA! Acredite! Pura verdade! Rsrssss…
Você pode pensar que já aconteceu o pior, mas não… Agora vem a principal decepção: o Ingo e eu pedimos para o prato principal um peito de frango trufado. Estava duro e ressecado! Ah, mas tinha gosto de trufas… Nenhum! Fomos obrigados a deixar aquela porcaria nos pratos. Que saudade do nosso frango caseirinho, delicioso…
O que se há de fazer? Já tinha feito o pedido, tinha de continuar, não é? O Luiz pediu ovos mexidos com trufas. A metade ficou no prato. Juro! Nesses 22 anos nunca vi isso acontecer
Fiquei imaginando se fosse aqui em casa ou em um restaurante barato. Tenho certeza de que eu ou o cozinheiro, teríamos nos interessado e ido pessoalmente saber o porque de ter voltado para a cozinha, tão preciosos preparos. Mas não! Ninguém perguntou, nem chef, nem garçom, maitre, moça bonita, nem o diabo que os carregue. O infeliz que retirou os pratos cheios não foi capaz (ou treinado) para fazer qualquer comentário. Até fundo de prato sujo… É inacreditável, mas está aí a foto que não me deixa mentir.
A comida foi definitivamente sofrível, triste, decepcionante. Em nós, não vi nenhum gesto de alegria, muito menos, não ouvi nenhum gemido, tão comuns em lugares deste tipo. Aliás, aconteceu o contrário. “As crianças” que chegaram afoitas, foram murchando até quase não ter mais assunto e claro, caírem todas nas desculpas de quem entende do assunto e ainda por cima, acham que devem se desculpar, despistar e explicar os porquês de cada coisa: Ah… isso não está bom por causa disso… Ah… está horrível por causa daquilo… Todos sabemos o que é sentir vergonha alheia. Foi o que aconteceu ali. Principalmente eu, que convidei!
Em virtude do desastre que foi a comida, tentamos cancelar a sobremesa. Não deixaram. A torta trufada de chocolate estava gostosinha, mas já estávamos tão desolée com todo o almoço, que não fomos capazes de apreciá-la.
Minha vida é comer. Normalmente saio dos restaurantes e a última coisa que penso, é no que foi gasto. Mas nesse, definitivamente foi um total e hostil, sim, hostil desperdício de dinheiro. Já disse isso antes: “sempre se espera que o valor pago seja coerente com o que se recebe”, isto é, se você paga um preço alto por algo, quer tudo se não perfeito, quase. Os preços eram surreais (será que a escolha do nome Dalí era para combinar com o surrealismo de Dalí ou por causa do surrealismo dos preços dos pratos?)
Tal como é para Luiz Guilherme e eu, o ritual à mesa também é sagrado para nossos amigos Leticia e Ingo, que saíram da Alemanha para nos encontrar em Paris e termos juntos, bons momentos gastronômicos. Bem… era essa a intenção e o que planejamos, combinamos e sonhamos todas as vezes que conversávamos. Tal qual crianças perto do recreio.
Só se vê chiquérrimos hóspedes, gente da moda, empresários, estava acontecendo até uma festinha para agradecer a imprensa e artistas. Isso me impressionou. Será que esse povo todo entende ou não de comida boa? Cheguei à conclusão que estavam mesmo desfrutando do que o ambiente oferece: puro glamour.
Saímos do restaurante e só aquela linda tarde foi capaz de nos fazer esquecer aquele sofrimento. Esquecer? Impossível! Para completar, Ingo começou a se sentir mal e pediu para voltar ao hotel, muito educado, falou que queria apenas dar uma descansada.
Dalí, ops… Dali em diante, o resto da tarde e a noite, aconteceu simplesmente a continuação do suplício. Eles que comeram algo não muito “bento”, sentiram o estômago ruim e acabaram por passar aquela tão sonhada noite em Paris, dentro do banheiro do hotel. Se você tiver tempo para um longo lazer, apetite para pagar uma comida caríssima, saúde para comer algo que possa vir a estragar seu estômago, este é um lugar que deve estar na sua lista de favoritos.
E então… Sinto-me provocada a lembrar e dizer que “nem tudo que reluz é ouro!” Contaminada pela belíssima e dourada decoração, julguei ser um excelente restaurante. Não indico! A mim, o Le Dalí tremulou como um verdadeiro engodo. Surreal!
CURIOSIDADE
Citação de Salvador Dalí, que exprime seu elevadíssimo ego:
“Aos seis anos eu queria ser cozinheiro. Aos sete, Napoleão. E minha ambição veio crescendo desde aquela época”.
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Em 12/2/14 recebi a seguinte mensagem:
Nossa, Dilu! Fiquei super CHOCADA com o prato de alface do Luiz Guilherme. Se isso tivesse acontecido comigo, teria me levantado da mesa e ido embora! É muita falta de carinho do cozinheiro! E para piorar a comida estava estragada, que dó! Queria saber se vocês chegaram a reclamar com o hotel sobre este acontecimento.
A sua crítica no blog é super válida para evitar que a gente caia nesta roubada! Acho péssimo comer super mal num restaurante e vir uma conta super cara, é de dar raiva. Sou como você, quando a refeição esteve impecável (como aquele restaurante de Miami que falamos) nem me importo com a conta, mas o contrário me deixa super mal humorada o resto do dia…
Aqui em BH, tem um restaurante super badalado e todas as vezes que fui lá nunca gostei da comida e vive lotado. Sempre que passava em frente a este restaurante me perguntava o motivo de estar sempre lotado, acredito que seja para aparecer em lugar badalado, igual a este restaurante que você foi. “Como assim que vive lotado? Este povo não tem paladar não??” Pode ser falta de cultura gastronômica ou o fato de gostar de aparecer para outros, comem bosta e arrotam caviar.
Maria querida, você falou as palavras que gostaria de usar. É isso!
Tem pessoas que pagam para aparecer, para ver e ser visto, a comida não importa, fica em segundo, terceiro ou plano nenhum.
Acho que até sei e concordo com você, qual é este restaurante que você está se referindo. E não é só um, são dois kkkkkkkk
No dia, a gente queria ligar para o Le Dali e contar o que aconteceu, mas acabou passando e não deu mais tempo. A Leticia ficou de fazer isso, mas você sabe, passa e a gente acaba não reclamando, mas no dia senti ódio!
Bom mesmo é o restaurante que você escolheu para comemorar seu aniversário, no Glouton a gente nunca come mal.
Bjs amor
Sério? Que surpresa, hein? Aquela do fundo do prato matar a toalha da mesa é o fim.
Toda vez que alguém me conta uma experiência horrível em restaurante, eu me lembro de uma frase de Oscar Wilde.
“Tell the cook of this restaurant with my compliments that these are the very worst sandwiches in the whole world, and that when I ask for a watercress sandwich I do not mean a loaf with a field in the middle of it.”
Que na tradução ficaria assim…
“Diga ao cozinheiro do restaurante com os meus cumprimentos que estes são os piores sanduíches em todo o mundo, e que, quando eu pedir um sanduíche de agrião não quero dizer um pão com uma moita no meio dele.” Rsrsrs
É frustrante a total perda de tempo que temos de nos aprontar, sair de casa, sentar e esperar pela surpresa desagradável dos pratos. FRUSTRANTE! Bjs
Felix, adorei essa frase. Seria bom que tivéssemos sempre esse tipo de atitude.
Acho que a maioria das pessoas saem dos restaurantes, onde comeram mal, sem ao menos reclamar. Foi o que aconteceu conosco, mas juro, se eu falasse francês, eu teria me manifestado na hora.
Além de aprontar, sair de casa, sentar, esperar por surpresa agradável, é você criar expectativa e pagar pela surpresa desagradável…
Bjs querido, precisamos combinar de cozinhar juntos!
Vamos combinar sim. Será um prazer. Bjs
Nossa! Estou impressionada com o horror descrito! Ainda bem que existem as fotos para comprovar a tragédia da refeição. A Maria de Menicucci tem razão em se espantar com a alface pura!!!!! Meu Deus, isso foi uma afronta ao cliente!!! E ninguém procurar saber o porque dos retornos dos pratos cheios arrematou a falta de cordialidade dos funcionários. Sinceramente Dilu, eles estavam se lixando para a existência de um blog ou não, diante do comportamento adotado. Outra coisa que me passa pela cabeça, será que isso poderia ter sido uma sabotagem contra o dono do restaurante? Esse tipo de coisa acontece, infelizmente. bjos
Amiga querida, acho que não é nada disso, a comida é ruim messsss…. rsrsrssss Voltando a citar a Maria, é como ela colocou. Um restaurante que tem comida ruim, mas vive cheio… Pq? Pq se tornou “point”. E isso que importa pra muita gente. Bjsss
Minha querida Dilu,
só mesmo você para fazer desse Le Dali um verdadeiro “Sai pra Lá”! Eu acabei escrevendo uma avaliação no Trip Advisor também, só pra descontar a decepção que tivemos!
Apesar disso, quero que saiba que amamos encontrar vcs e topamos qualquer parada!
Mas acho que da próxima vez vamos todos preferir os bistrozinhos de toalhinha xadrez, talvez… 🙂
Um grande beijo pra vcs, vamos nos falando!
saudades
Letícia
kkkkkkkkkkkk Bem que o Luiz insistiu a beça para irmos no bistrot.
Mas a próxima vai ser aqui em casa!!!!!!!!!!!!! E a próxima da próxima na Alemanha!!!!! Oba!
Com certeza querida, a próxima da próxima é na Alemanha, aqui em casa! Vamos ficar muito felizes em receber vocês! Mas o Ingo já todo preocupado com o que cozinhar… Ele vai querer te impressionar mas sabe que isso é praticamente impossível!
beijos
Letícia
Leticia minha linda, o Ingo é um lindo e tenho certeza que cozinha mil vezes mais que eu. Não tem o que se preocupar, estou louca para entrar na cozinha dele (com ele) e nós dois juntos, arrasar kkkkkkkkkkkk
Amore, nem gostaria de te lembrar esse dia, mas… O Le Dalí enviou uma resposta à esse post:
Dear Madam, it is a delight to read you thoroughly enjoyed the warm atmosphere, impeccable service and surrealist décor at Le Dali. We are of course disappointed to read the food did not live up to your expectations and please accept our sincere apologies for the inconvenience caused. Thanks for your feedback, it is very helpful and we have discussed with the team at Le Meurice.
Dilu, interessante como vc consegue fazer um post de reclamação e ao mesmo tempo, fica tão cheio de emoção e de informação! Obrigada por fazer dele um meio da gente saber de coisas que não sabemos. Um grande abraço, Lais
Lais querida, a intenção não é apenas falar em comida. Gostaria de conseguir passar um pouco mais. Nem que seja pequena, mas uma informação, pode ser até cultura “inútil”, mas que fique gostoso de ler. Obrigada a você amor, bjss
Dilu, este post mostra que nem sempre os restaurantes caros são os bons. É bom pra gente dar valor para a comida mais simples. Beijão
Tabata, tem um outro post aqui no blog que fala exatamente sobre isso, é a Alta e Baixa gastronomia. Muitas vezes, o que é considerado baixa que é a alta. Dá uma olhadinha lá http://dilucious.com.br/?p=2967
Bjss
Que pena Dilu!
Acrescento aos seus comentários, a aparência pouco atraente dos pratos!
Imagino que o restaurante, tenha um serviço de atendimento ao cliente,
seria útil enviar os seus comentários e fotos, afinal nenhum negócio por mais glamouroso
que seja, resiste a clientes insatisfeitos.
magda
Magda, além dos pratos não estarem caprichados na aparência (à altura do ambiente), devo confessar que a fotografa aqui também deu uma vacilada… rsrsrssss
Querida, já tentei passar para o email da madame Laurent, que foi à mesa, já tentei passar no “Contact us” no site do hotel, mas não consegui, infelizmente. Fica então apenas para os leitores do blog, que é com quem tenho o compromisso de mostrar aquilo que satisfaz ou não. Nesse quesito, já estou satisfeita amiga, devido ao grande número de pessoas que viu o post ontem.
Gostei demais do seu comentário, só tenho a te agradecer por sua colaboração.
Um grande abraço bem carinhoso!
Dilu, já fomos no Le dali, e tb não fomos muito felizes, passar mal não, graças a Deus… (fiquei imaginando, viajando e passando mal, ainda mais em Paris… ninguém merece). Mas a comida estava boba, sem um atrativo que condisse com o ambiente. Antes de viajar, pesquiso muito, e sobre o Le Dali, só via elogios. Gostei de ter lido esse post. Beijos e obrigada
Patricia, acontece o mesmo comigo, e eu esqueci de dizer no post, que no nosso primeiro dia em Paris, o Dalí foi o primeiro restaurante que fomos, mas sem reserva. Achei que por ser grande demais, teria lugar. Mas era dia de semana e estava lotado. Foi mais um motivo para achar que seria bom, não é?
Sou eu que te agradeço fia, bjs
Olha… Eu acho que vc está sendo generosa com seus leitores qdo informa a realidade. Sabemos que podemos confiar no Dilucious por causa disto, pq a maioria dos blogs recebem dinheiro para isso ou aquilo e depois são obrigados a falar bem. Parabéns pela iniciativa. Confiamos em ti. Beijão.
Ana Amélia minha querida, o blog é para mim uma enorme fonte de prazer. É onde tenho meus momentos de alegria ao conversar com meus queridos leitores (amo!). Paz ao sentar sozinha e começar a pensar no que vou escrever. Compromisso sim, só com vocês e com minha consciência. Exercício, é uma verdadeira maravilha para exercitar a memória. Terapia, juro! sempre digo para minhas amigas: “tá chateada? Arruma um blog!” Rsrsrsss E ainda, meu encontro comigo mesma. Aqui, só vamos encontrar a minha opinião sincera.
Obrigada pela confiança, te digo que estou emocionada. Bjsss
Mineira, bem sei o que vocês passaram neste restaurante. Mas o que mais gostei foi a auto estima do senhor Salvador Dalí: bárbaro! hahahaha
Katarina querida, adorei também! Não poderia deixar de colocar, já que eu não sabia disso. É bem provável que seja verdade… E serve como estímulo para todos nós e principalmente para nossos filhos.
“Aos seis anos eu queria ser cozinheiro. Aos sete, Napoleão. E minha ambição veio crescendo desde aquela época”.
Rsrsrsss bom demais!
Querida Dilu,
Sempre venho ler seus posts, nos últimos tempos sem tempo para comentar como gosto, participando do bate papo gostoso que aqui se estabelece. Sempre te figo que seus posts são fonte de informação, emoção e reflexão. E poderia escolher “n” pontos para comentar, afinal, Dilu vai de “ponto a ponto” com maestria kikiki( nós é que sabemos né amiga?)
Hoje comento sobre o que disse a respeito da hierarquia de valores. O maior valor de um restaurante é o proporcionar o prazer da boa mesa. No entanto, virando um point, este prazer se torna secundário. Isto faz com que aquela experiência que poderia até ser dispendiosa se torne cara. ( dispendioso, prá mim, é o que tem um valor alto, mas vale cada centavo. Caro ao contrário não vale o que custa.) Certo que na seara dos valores tudo é relativo. Mas algo está estranho quando se vai a um restaurante para ser visto e não para degustar delícias. Ego trip é pouco. E para os que não apenas olham, mas enxergam, ao final, passam por um bando de tontos ou desavisados.
Também já te disse que aprendo sempre lendo você, de termos que não conhecia a reflexões que ainda não tinha feito. Lembro-me sempre de um dos seus primeiros posts, quando dizia que não importa que você fale de lugares que talvez seu leitor nunca vá ou experiências que não vá viver. Sim, não importa. Porque a essência do seu blog, no meu sentir, é ser ele um blog conceitual. Assim, será proveitoso considerar suas observações esteja eu em Paris ou no “meu Curvelo” querido” .
Uma penúltima coisinha. Dilú, incrível como cada um tem um olhar, né? Eu vou usar a idéia da alface com uns menininhos que conheço. Vai chamar alface surpresinha. Só que dentro daquele bouquet de alface vou encher de batata palha, entre as folhas inclusive. Querem batatinha? Vão ter de comer com a alface! Depois te conto se deu certo.
Por fim, Dali já não é mesmo mais o mesmo, dos tempos em que morava em Monmartre, rodando pelas ruas do bairro. Ok, parece que o ambiente ficou bacana, mas ele nem é mais tão surreal assim. Aquelas obras em que vemos relógios e outros objetos derretendo, escorrendo, hoje seriam inspiração não surreal, mas do hiper realismo! kikiki. bjs Diluzinha, saudades de vc. Não vou dizer que voltou com tudo, porque esteve conosco durante todas as suas férias. Obrigada.
kkkkkkkkk vc tem razão minha amada, Dali já não é mais o mesmo, só que aos olhos de outros… quer dizer que ele deve estar se revirando lá onde quer que esteja kkkkkkkkkk Na realidade, o surreal se faz presente apenas nas duas cadeiras com os pés desenhados por ele, no abajur que tb tem um design “Daliense”, existe tb uma telefone em forma de lagosta, mas esse eu não vi.
Nossa! Nem me fala! Aquela alface poderia receber um tratamento VIPLANTES! kkkkkkkkkkkkkk A ideia da batata é tudo de bom! Coloca ao lado um molhinho feito de cebola bem picadinha, azeite, aceto, sal e pimenta do reino. Eles vão adorar. Esse molho até a Louise que não come nada, adora!
Ah fiaaa, se eu fosse assim inteligente como você, claro, teria dito o que você brilhantemente (pra variar) disse a respeito da hierarquia. Perfeito, obrigada por me ajudar.
Pois é Vera querida, eu tb sou assim, se não tenho como fazer algo, adoro ler a respeito – minha curiosidade me faz pronta para, assim que puder (uma hora sempre se dá um jeito de fazer acontecer aquilo que desejamos, não é?), viver coisas, lugares, momentos, sensações até então conhecidas por outros. Se for algo que nunca terei, me satisfaz ser conhecedora apenas pelos olhos de outros. Isso também é viver! Bjsss
Dear Madam, it is a delight to read you thoroughly enjoyed the warm atmosphere, impeccable service and surrealist décor at Le Dali. We are of course disappointed to read the food did not live up to your expectations and please accept our sincere apologies for the inconvenience caused. Thanks for your feedback, it is very helpful and we have discussed with the team at Le Meurice.