Todo mundo deve saber como a falta de curiosidade priva os não curiosos, mas talvez, nem todos saibam que os mais “ligados”, tendem a viver mais, pois a curiosidade é ligada a pensamentos positivos. Esses felizardos sucessivamente a serviço da curiosidade, estão sempre em desenvolvimento e o tédio se torna algo muito remoto em suas vidas. Isso sim, é o que se pode chamar de recompensa. Ah… e outra, uma consequência super bacana da curiosidade é que dela, alguma coisa sempre será derivada ou criada. É o caso deste post. Você sabe o que quer dizer COQUINARIA?
Mas por que mesmo estou “viajando” no termo curiosidade? Porque há não sei quanto tempo, estive em S.P. num restaurante chamado De Re Coquinaria. Na época, nem me lixei em saber o significado desse nome (mega interessante).
Hoje, anos depois, cá estou eu pesquisando algo que me faz pensar o quanto é bom ser curioso. Claro que vivi muito bem e feliz sem nada saber, mas olha só! Eu poderia talvez até ter feito um belo trabalho sobre COQUINARIA na Escola de Gastronomia. Quem perdeu? Eu mesma!
Perderam também os que não conheceram o luxuoso restaurante De Re Coquinaria, criado pelo mineiro Marcus Lessa. A comida, a cargo de ninguém menos que Laurent Suaudeau, era maravilhosa. Naquela época, comi uma rabada desfiada com molho de jabuticaba (aliás, foi esse francês o primeiro maior incentivador da gastronomia brasileira).
Pois é, então o que é COQUINARIA? Vem do livro de receitas De Re Coquinaria, e pressupõe-se que seja o mais importante estudo sobre culinária do mundo antigo, onde está escrito que a gastronomia sempre foi um dos nossos maiores prazeres (e aqui estamos nós para confirmar). Nada do que estou escrevendo é comprovado, mas dizem que a obra é atribuída a Apicius, gourmet que nasceu em aproximadamente 25 a. C. e tornou-se conhecido por ter sido um gastrônomo extravagante que deixou muitos escritos sobre cozinha.
Esse Apicious dedicou sua vida – e seu dinheiro – à arte do bem comer. Bom gosto é bom gosto, não é mesmo?!!! Mas será verdade? Monges e bispos eram os responsáveis pelos escritos, o que faz deduzir os editores modernos, que não havia espaço para registrarem, como homens de Deus, um universo alimentar que não fosse o das inúmeras referências ao pecado da gula.
Já sei que será difícil alguém ler tanta coisa, pois algumas pessoas têm me dito que post tem de ser pequeno, com pouco “falatório” (ai meu Deus, não é assim meu jeito, gosto de falar, falar… Pular de assunto ao outro, deixar que um contexto puxe mais um… Mas vou me conter no próximo post, prometo!) Então vamos ao que interessa.
Só vou “puxar” mais um assunto para depois entrar no que interessa mesmo… rsrssss…. Quando uma amiga me mostrou um projeto de restaurante meio misturado com Empório Gourmet que ela está montando, me lembrei imediatamente de todos os quadros acima e algo que tinha ficado na minha memória, e disse a ela: “Satisfaça os que reverenciam a cultura gastronômica, assim como o COQUINARIA”.
As duas vezes que estivemos em Santiago, fomos a esse lugar bárbaro chamado Coquinaria. Logo que entrei nesse templo gourmet, demorou um pouco para minha “ficha cair”, tentando compreender o porquê de B.H. não possuir um lugar assim, idealizado com um espírito que já nasce apaixonado pelo sabor. Sim, é o que se observa ali: pura paixão.
Esse ícone da culinária chilena está no subsolo do lindo W Hotel e com seus mais ou menos 3.500 produtos, entre livros, delícias e bebidas, que o empório não fica nada a dever aos bons e famosos mundo afora.
Nas nossas duas vezes por lá, tínhamos acabado de almoçar, por isso não posso falar a respeito da comida, mas sei que oferecem menu que inclui entrada + prato principal ou prato principal + sobremesa por poucos dólares (muito barato).
Não apenas o prazer da gula, mas o lado estético do ambiente, também causa deleite ao cliente, fazendo-o se sentir acolhido em um grande espaço, onde os sabores, texturas e cheiros são descobertos entre o colorido dos quadros, nuances, luzes e sombras.
O Coquinaria explora as tendências culinárias e propicia ao chileno um mercado inspirador. Caviar, aceto, azeite de trufas, queijos estão entre os muitos produtos de elevada qualidade. Marcas de produtos gastronômicos de todo o mundo, como: Fauchon, Cipriani, Edouard Artzner e A L’Olivier, etc.
Eles vão além da alquimia dos alimentos. O espaço valoriza também o espírito de sociabilidade ou a “convivialità”, como dizem os italianos, incentivando o prazer de compartilhar alimentos e bons momentos ao redor de uma grande mesa.
Se você ama o “bem-bom” no que se refere à gastronomia, te convido a conhecer o Coquinaria. É um convite a um mundo de bel-prazeres, pois a intenção deles é te fazer alcançar o “gozo dos sentidos”, transformando o ato de comer em uma experiência extraordinária.
Só me resta dizer: Reverencie a cultura gastronômica, assim como Apicious (ops… misturei com Dilucious), quero dizer, Apicius. Assim como o COQUINARIA! Assim como o Dilucious!
Que post sensacional! Amei! Obrigada 🙂
Frô, imagine uns quadros como esses, pendurados naqueles paredões maravilhosos?
São posts como esse que precisamos p aprender coisas sem importancia, mas boas e “curiosas” kakakaka
Adorei Debinha! “Coisas curiosas”… tudo de bom! Bjs
Minha curiosidade é sempre grande em ver tudo que vc faz aqui…..incrível como tenho que parar o q estou fazendo kkkkkk
Me delicio com seus post e gosto disso, fale e fale bastante pq nos prende em sua leitura e sempre quero chegar no desfecho final.
Aguardo pelas novidades.
bjim
Rsrrssss Ah Debora querida, agora estou na fase “insegura”. Outro dia um amigo me disse isso, que devo fazer posts pequenos, mas ao mesmo tempo, outras pessoas, assim como vc, dizem o oposto. E o caso é que prefiro falar bastante mesmo kkkkkkkk Obrigada querida pelo seu carinho e gentileza comigo. Bjs
Dilu, eu ia adorar te conhecer pessoalmente. Lá na escola, na Estácio, seu nome já foi citado um monte de vez, e aqui neste post vc falou sobre fazer um trabalho sobre este tema da coquinaria, me deu mais vontade ainda. Eu fiquei sabendo de um trabalho super bacana que vc fez lá dos cardapios. Quem sabe um dia? Um beijo, Soninha
Ai Sonia, você me trouxe uma saudade imensa… Nossa! Como eu adorava fazer os trabalhos. Aliás, penso que foi por causa das minhas pesquisas (que me dedicava imensamente) e por causa da professora Teresa Dias, que me encontrei e me vi gostando tanto do blog.
O trabalho ao qual você se refere é o História dos Cardápios. Me lembro que era um trabalho que valia apenas 10 pontos e já estava quase desistindo de fazê-lo, quando descobri um material maravilhoso, começado pelo meu sogro. Ele me deu um MENU trazido de uma viagem de navio, que ele fez em 1950, eu acho. Acabou que o Hans, professor da época, me pediu para apresentar o trabalho no auditório da Estácio de Sá para todos os alunos. E eu, super tímida, pedi a Valeria de Rezende para apresentar. Ai que saudade!
Vamos combinar de encontrarmos sim, vou adorar ver o que vocês estão fazendo hoje. Bjs
Dilu , eu e minha filha fomos lá no Coquinaria , mas não foi no W . Foi na Alonso de Córdova , eu acho que assim mesmo que escreve , lá é mais pequenininho . Eu nem sabia deste que vc fez o post , uma pena ! Muito interessante esse tanto de quadro com esses dizeres . Beijão !
Neuzinha querida e sumida! Eu conheci esse outro Coquinaria, mas é bem pequeno, acho que nem se compara. Nós tomamos um café lá num final de tarde. Bjs amor, saudade de você e nossa antiga turminha
Nossa, este assunto é muito interessante, ainda mais que é bem diferente de tudo que tem no blog. Eu gostei demais Dilu, obrigada
Ah que bom Claudia, mesmo eu tendo sido bem superficial no assunto, já é bom só para sabermos um pouquinho. Meio que cultura “en passant” rsrssss. Bjs querida
Oi Dilu!
Parabéns pelo blog!
Um charme como você!
Em momento de expansão da gastronomia e informação de tão fácil acesso, nós leitores ficamos gratos com leituras deliciosas e informação de qualidade! ; )
Nossa Raquel e eu fico muito feliz com seu comentário, afinal não é sempre que tenho o privilégio de ser lida por uma professora. Obrigada querida e venha sempre, aliás, temos um espaço que se chama IT AMIGOS. Você poderia nos prestigiar participando dele. Seria um grande prazer para nós e enriquecedor, tenho certeza. Bjs
Adorei!
Toda curiosidade, gastronomia, viagens,e Dilucious também é cultura!
Amiga do coração, sempre juntas no que se refere à curiosidades. Bjs
Eu estou viajando neste post. E é na first class.
Eu to achando uma delícia, um dia falar de canjiquinha, no outro look do dia, no outro diario, e assim vai.
Assim é Dilucious!
Um barato! E super variado!
Luciane querida, que delícia, obrigada!
Se você quiser, dê sugestões do que você gostaria de ter aqui no blog, pois elas são sempre bem vindas. Bjs
Dilu, aprendo muito com o Dilucious! Acho fantástico o que você encontra para nos contar, sonho com os lugares, comidas e novidades que você traz pra gente. Você me fez voltar a fazer pesquisas, o que sempre gostei de fazer mas estava de preguicinha antes de conhecer o seu blog. Realmente o Dilucious aguçou a minha curiosidade. Obrigada Fada
Ah minha querida linda, quer dizer que o blog te fez juntar a fome com a vontade de comer? Você já tem naturalmente tanta riqueza dentro de você, e a partir do Dilucious, você ainda se enriquece pesquisando. E quem sai ganhando com isso? Eu, minha flor! Quem agradece sou eu!
Super, super interessante, Dilu!
Muito legal o artigo. Experiência mais do que interessante. Cultural!
Bjs.
Felix querido, que bom você ter gostado. Ainda mais você que vem juntando tanto conhecimento advindo de tantas experiências que você tem passado nos últimos anos. Obrigada amor!
Dilu,
adorei este post por 2 motivos especiais. O primeiro motivo foi pelas ótimas lembranças desta
viagem tāo gostosa que fizemos exatamente 1 ano atrás. Agora, vendo suas fotos da Coquinaria
em Santiago vejo como você e aquele tal de Apicius ( te garanto que os Bartolomeo herdaram
DNA dele) curtem com tanto prazer e paixāo o conceito pleno da gastronomia.
E o segundo motivo é que o post me remeteu a um trabalho que fiz em 1999, no século passado rsrssss…. que foi toda a identidade visual do restaurante De Re Coquinariaem SP,
este que vc se refere no post.
Era realmente um restaurante com uma proposta muito diferenciada, um projeto lindo da Meire Gomide, um chefe frances super renomado e o Marcus, um dono ousadíssimo. Hoje acho
que ele aconteceu antes do tempo, era muito para aquela época .
Lembro que usei nas capas dos menus um desenho lindo que ilustra o famoso livro
De Re Coquinaria. Foi um projeto difícil de conceituar exatamente pela proposta diferenciada
do restaurante, mas no final consegui fazer uma coisa bacana.
Confesso que penei muito pra entender todo aquele conceito pois na época era muita
informaçāo para a minha cabeça!
Pois é amiga, se já tivessemos nos conhecido no século passado com certeza teríamos curtido
o restaurante De Re Coquinaria de Sāo Paulo assim como curtimos no ano passado a Coquinaria
em Santiago.
Kisses and kisses!
Minha maravilhosa! Não é atoa que seu apelido é maravilhosa. Por coincidência, são também dois os motivos… rsrssss…. Nem preciso dizer que o segundo motivo é que você é maravilhosa por fora, pq esse, todos podem ver. Mas o primeiro e mais importante é pelo trabalho magnifico que vc faz, e que infelizmente, só poucos privilegiados podem ver. Se eu te conhecesse no Séc. passado (rsrssss…) e entrasse no De Re Coquinaria em SP, mesmo sem ter a informação que era você a artista, eu perceberia. Você é única e seu trabalho anda anos a frente de qualquer outro. Apesar de ter tanto tempo, aquele lugar me marcou por tudo. Pela determinação na concepção, pelo arrojo do projeto, pela coragem do mineiro, e hoje lendo o seu comentário, vejo que principalmente, pelo equilíbrio entre todas as feras: Mary Gomide, Marcus Lessa, Laurent Suaudeau e Angela Dourado. Um time que vale seu peso em ouro!
Você tem razão, se hoje o De Re Coquinaria existisse, estaria entre os melhores do mundo. Ai meu Deus!!! Pq tamanha audácia na hora errada? Ou… Ai meu Deus!!!! Pq não somos todos e todo o tempo, amantes da audácia?