Escrevo este post pensando numa amiga que está com uns quilinhos a mais. Só para incentivar! E não só ela, também preciso perder mais 8 quilos e nem falo dos 6 que tenho lutado pra manter perdidos. Fiz 5 caminhadas pesadas em 5 domingos intercalados em 4 meses. Da Serra ao Belvedere. A primeira foi um verdadeiro horror. Tão impossível de ser terminada que telefonei pra Louise me buscar ainda na Avenida Bandeirantes, não só pela dificuldade que estava sentindo na atividade física, mas porque a chuva veio pra me ajudar a desistir.
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Quer a boa ou a má notícia?
Por Dilu Bartolomeo Villela
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Claro que pensei num post, e ele ganharia o título de “Chove chuva, chove sem parar pra que eu possa parar”, mas achei um mais propício: “Idade é f_ _ _!”, já que, até o telefone público, o qual tive de aprender a usar sem ter dinheiro pra comprar ficha, me fez lembrar da minha idade e que não entendo por que as pessoas mais velhinhas não têm a mesma facilidade das novinhas…
Foi até bom ter acontecido isso. Comecei a exercitar com mais regularidade. A segunda tentativa (é… sou assim, quando não consigo fazer algo, me forço e esforço até…), bem… Engraçado, nem foi tão péssimo assim chegar até aquele pedaço da Bandeirantes. Mas não sei o que aconteceu que, de repente, comecei a excomungar o que via pela frente:
– Povo mal educado que não limpa o que seus cães fazem pelos passeios…
– Precisa fazer tanto calor no inverno? Que clima mais insuportável! Não dá pra cooperar, não? Ok, atravesso pro ouro lado da rua…. Ah tá! Agora o sol resolveu mudar de lado? Atravesso de novo! (E assim fui, atravessando de sol em sol!)
– Caminhão FDP. Que isso? Que fumaçada é essa? Deveria ser proibido soltar tanta poluição!
– Luiz me paga – (ah sobrô! Eu não sei porque estou furiosa com ele não, mas ele sabe. Ah maridos… a culpa é sempre deles).
– Meu Deus, o motoqueiro parou, vai me assaltar! Nem tenho nada pra entregar, mas e se ele resolve querer levar minha roupa? Nua na avenida? Ninguém merece!
Não excomunguei só o que vi na minha frente, mas também o que carrego comigo. Para facilitar a subida da enorme e íngreme ladeira, coloquei as mãos na cintura… Ah, pra quê? Sentir dor não rola… Dói sentir nas mãos o excesso de… Bem, não posso e nem quero verbalizar, mas que a consciência também dói, ah isso dói, e como!
– Que banha é essa? Cadê aquela cinturinha de pilão que servia de modelo nem tanto tempo atrás assim?
Mas… no frigir dos ovos, dei conta. Cheguei sã e salva! Ninguém me estuprou, sim, até nisso eu pensei, e claro, pensei também num outro nome pro post, ele ganharia o título de “Inferno”, pois foi parecendo uma capeta que cheguei na casa do meu amigo no Belvedere.
A terceira vez? Ah… a terceira foi tão diferente que o título seria “O poder da música e do preparo”, nem foi tão ruim assim (lembra que a anterior nem foi tão péssima?). Como passei a malhar com mais frequência, a caminhada desta vez foi… sim, prazerosa. A música me ajudou nas descidas e subidas, até o meio quilômetro não foi assim tão terrível! E depois da subida, ainda consegui dar uma corrida na parte plana do Belvedere… Que sucesso!
Ontem foi a minha quarta vez. Chegou a parte onde a caminhada se tornou cansativa, mas sem “pragas e xingatórios”. Quando cheguei na virada da curva da Patagônia e olhei pra cima… Aqui o texto começa a fazer jus ao título dele. Sei que é melhor sempre dar primeiro a má notícia – pra valorizar e ter mais tempo pra “degustar” a boa. Então… a má notícia? Tenho pela frente mais meio quilômetro de subida íngreme, muito íngreme, quase um precipício, com o sol a pino – quem teve a infeliz ideia de empinar o sol? É… nem adianta atravessar a rua, pois não existe sombra no passeio de lá… Quem quase bateu pino foi eu!
Tem mais uma boa notícia (ou má? Você escolhe!): o texto é meu e escrevo nele o que quiser, até coisas erradas – como o Sol a pino, por exemplo. Mas já que o espaço também é meu, vou gastar um pouquinho mais e explicar que o Sol a pino só fica a pino quando acontece o fenômeno do Sol a pino, simplesmente não existindo sombras! (Quer dizer, as sombras estarão exatamente embaixo dos objetos que as produzem…) (sic)! Sim, no meu caso, ela deveria se encontrar exatamente embaixo dos meus exauridos quilos (nem me atrevo a dizer quantos).
A boa notícia? Depois de percorrido, o meio quilômetro de precipício se tornou MARAVILHOSOOOOOOOO. Ué, ainda tem mais uma boa notícia? Cheguei tão bem na casa do nosso amigo que fui direto pra cozinha fazer… tã nã nã nã!!!! Claro, o almoço… Ahhhh que alegria! Ahhhh que delícia! Delícia??? Como assim, delícia? Tanto esforço pra achar de volta tudo que perdeu? Essa sim, é uma má notícia! Mas caaalma, tem a boa? A boa é que tanto esforço físico é exatamente pra praticar o exercício mais prazeroso que existe: comer, comer e comer!
E pra poder comer, comer e comer, agora também estou namorando uma personal que consigo suportar por apenas 20 minutos duas vezes por semana, continuo noivando a esteira quase que diariamente e estou arrumando uma amante: a yoga.
Bem… grande parte da minha última caminhada foi lembrando do meu treinozinho com minha namorada (lembra que estou de caso com a personal?). Pois é! Num belo dia, ela resolveu me dar uma má notícia: “agora, faz parte do treino, 20 minutos de precipício… ops… de subida íngreme na esteira a 10,5“. Verdade! Diz ela que é pra me ajudar na caminhada Serra/ Belvedere. A boa notícia é que a pessoa tem razão! Ajuda sim, mas em meio ao precipício, me lembrei dos tempos que, by bike, eu ia pra tudo que é lado, inclusive, subia até o Retiro das Pedras. Quando ficava muito difícil a subida, eu fazia zig zag pra aguentar o tranco. Se naquele tempo, zigzazeando eu tinha cinturinha de pilão, quem sabe agora…
Pensar que tudo vai valer a pena poderia ser a boa notícia, mas como disse que sempre dou primeiro a má… A má? Preciso fazer um tipo… “Moça bem educada, contenha-se…” Só que não! Tenho vontade e vou falar: Quilos que não me pertencem, vão pra… PQP! Pronto falei e desabafei!
Depois de tudo, devo ter tirado algumas parcas graminhas não sei de onde, já que não vejo diferença alguma no corpo, pra ganhar na casa do meu amigo – estou chegando, onde uma festa gourmet me espera e agora, a hora é de praticar o exercício da gula! Essa é a boa notícia! Viva o exercício!
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uauuuuu invejei demais, mas vou ficar aqui esperando a vontade passar kakaka
Adorei Diluzinha! Vou me inspirar e sair subindo ladeira. hehehehe
Ai que delicia, morro de inveja branca! Vamu qui vamu!
Escreve, cozinha, instiga e ainda incentiva as amigas a praticar esporte, só vc amiga!
kkkkkkkk adorei diluzinha
Dilu eu topo fazer estas caminhadas com vc, me chama!!!!!!!!