Quantas vezes você já se pegou dizendo: “Nossa… Foi a viagem mais bacana da minha vida”. “Nossa… Foi o melhor prato que comi”. ”Nunca assisti show melhor”. Duvido que algum deles tenha sido mesmo o melhor. Estes que acabei de dar, são simples exemplos, mas eleger os melhores restaurantes do mundo? Neste post, era para eu escrever o mesmo que publicaram todos os meios de comunicação. Dizer quais são os restaurantes, onde se situam, quais os seus chefs, que o Maní ganhou, que Alex Atala perdeu… blá, blá, blá… Mas existe alguma coisa, que a mim, incomoda quando se lista “o melhor” seja lá o que for. Você não acha que isso pode cheirar a algo um tanto estranho, para não dizer, suspeito? Se não suspeito, a resposta é simples: depende do dia que estava vivendo a pessoa (que faz parte do júri) e depende do dia que estava vivendo o cozinheiro (do restaurante).
Me pergunto se a lista exalta outros “fatores” e ultrapassa o fator gastronômico. Articulo esse assunto sem propriedade, pois nem imagino quais os critérios usados, mas sei a quem interessam os resultados.
Fantasio que deva ser dificílimo, senão impossível, selecionar apenas 50 em tantos e tantos, com apenas 936 especialistas (?) ou são jurados (?). Será que eles visitaram todos os restaurantes do mundo? E mais, como organizar normas e criar discernimentos que possam ser válidos e agradar a você, a mim, ou a uma infinidade de distintas pessoas ao mesmo tempo.
Sinto um ar de injustiça com os que não são escolhidos. Não que esteja apontando injustiça aos que são escolhidos, mas que força monstra essa, que faz da preferência deles, uma verdade incondicional? Certos ou não, a escolha deles tem o poder de “apinhar de cliente” os restaurantes que, de repente, se assistem superiormente bem-conceituados. Mas são merecedores?
Na realidade, quem sou eu para questionar isto? Mas cá entre nós aqui da “roça”… Especulo, se essa “verdade” existe. Todos sabemos que existe sim, “o” melhor, “o” mais criativo, “o” mais inovador: Ferran Adrià. Genial, único, inusitado, o homem que no sec. XX mudou a historia da gastronomia.
O homem que tem os “primeiros” do mundo seguindo suas tendências.
O homem que nos fez valorizar a surpresa e o encantamento que vem da comida, isso é, ter elevado o alimento ao status de arte.
Ele que divulga sua produção gastronômica e com isso, se torna fonte de inspiração a uma leva de jovens cozinheiros.
E ainda documenta desapegadamente tudo o que aprende, cria e faz em seu laboratório.
Em contrapartida, para nós pessoas comuns e observadoras, temos as viagens, e precisamos tirar o máximo de proveito, pois nelas temos mais oportunidades de conhecer e avaliar dia a dia, ou melhor, almoço a almoço, jantar a jantar. E é claro que depois da avaliação, vem a comparação.
É óbvio que como brasileira, fico muito feliz em assistir nossos restaurantes crescendo. Conhecemos o D.O.M., o Mani e o Sudbrack. Todos muito bons, em especial o D.O.M. Não me refiro aos seus chefs, porque eles sim, podem entrar na lista dos melhores, mas sabemos como funciona uma equipe. Falo isso, pois a primeira vez que fui ao Sudbrack estava fabuloso, a segunda foi lastimável. Estivemos há duas semanas no D.O.M. e no Maní, mas comparando com os que vou citar mais abaixo… Deixam à desejar!
Lasserre, Vila Joya que é o 37, o Guy Savoy, Eleven Madison o quinto, veja o post que escrevi sobre esse fantástico restaurante aqui, o Henrique Leis em Loulé, o Carpe Diem em Salzburgo, o indiano Benares em Londres, o Helene Darroze, o Le Bernadin, o Tantris em Munique, o Glouton em Belo Horizonte, o alemão Russel’s em Trier, que para mim – olha como é ser o melhor – foi ate hoje o mais perfeito.
Enfim, todos esses que consegui lembrar e nem sei se escrevi os nomes corretamente, comparo e me sinto a vontade em dizer que são melhores que alguns citados na World’s 50 Best Restaurants list. Para o meu gosto, sim. E a maioria deles não está nesse ranking de melhores do mundo. É deselegante falar isso? Não sei…
Mas sei dos motivos que me levaram a escrever este post, primeiro foi por não acreditar nesta lista, e segundo, por até hoje, não ter encontrado no Brasil o que vejo nesses restaurantes bacanas que postei as fotos para ilustrar tudo isso. E por isso não consigo entender como são feitas essas escolhas.
Onde entra então, essa “verdade incondicional” que esses 936 especialistas nos põem? Ou impõem? 50 melhores… Será?
De qualquer maneira, em nome da curiosidade, copio a lista da Folha de S.Paulo e repasso:
1 – El Celler De Can Roca em Girona – Espanha – Joan, Josep e Jordi Roca – Fundada pelos irmãos Roca, a casa tem como característica a combinação de técnicas de vanguarda e ingredientes tradicionais
2- Noma em Copenhague – Dinamarca – René Redzepi – Em salão amplo e marcado pela iluminação natural, o Noma tem cardápio marcado pela presença de ingredientes locais da Escandinávia
3 – Osteria Francescana em Modena – Itália – Massimo Bottura – Com apenas 12 mesas em um salão de decoração clássica, o restaurante combina em seu cardápio pratos italianos tradicionais e outros mais experimentais
4 – Mugaritz em San Sebastian – Espanha – Andoni Luís Aduris – Em uma casa cercada por árvores, no limite entre as cidades de Errenteria e Astigarraga, o chef Aduris oferece menu-degustação personalizado para cada cliente
5 – Eleven Madison Park em Nova York – EUA – Daniel Humm – Comandado pelo suíço Humm, o restaurante de salão amplo e vista para o Madison Square Park oferece somente menu-degustação, que é constantemente modificado
6 – D.O.M. em São Paulo – Brasil – Alex Atala
7 – Dinner by Heston Blumenthal em Londres – Inglaterra – Ashley Palmer-Watts – Mais tradicional que a outra casa de Blumenthal, o Fat Duck (vencedor do prêmio da “Restaurant” em 2005), o Dinner recupera pratos clássicos da culinária inglesa, em salão envidraçado com vista para a cozinha e para o Hyde Park
8 – Arzak – San Sebastian – Espanha – Juan Mari e Elena Arzak – Comandado por pai e filha, o Arzak tem cardápio baseado na culinária basca em amplo salão de linhas retas
9 – Steirereck – Viena – Áustria – Heinz Reitbauer – Reprentante do movimento Slow Food, o Steinrereck recupera tradicionais pratos austríacos, à la carte ou no menu-degustação
10 – Vendôme – Bergisch Gladbach – Alemanha – Joachim Wissler – Comandado por Wissler, representante da chamada “Nova Cozinha Alemã”, o cardápio do Vendôme combina ingredientes tradicionais e técnicas modernas. O restaurante, que fica em um hotel na região de Colônia, tem três estrelas no guia “Michelin”
VEJA O RESTO DA LISTA
POSIÇÃO |
RESTAURANTE |
PAÍS |
11 | Per Se | EUA |
12 | Frantzén/Lindeberg | Suécia |
13 | The Ledbury | Inglaterra |
14 | Astrid y Gastón | Peru |
15 | Alinea | EUA |
16 | L’Arpège | França |
17 | Pujol | México |
18 | Le Chateaubriand | França |
19 | Le Bernardin | EUA |
20 | Narisawa | Japão |
21 | Attica | Austrália |
22 | Nihonryori RyuGin | Japão |
23 | L’Astrance | França |
24 | L’Atelier Saint-Germain de Joël Robuchon | França |
25 | Hof Van Cleve | Bélgica |
26 | Quique Dacosta | Espanha |
27 | Le Calandre | Itália |
28 | Mirazur | França |
29 | Daniel | EUA |
30 | Aqua | Alemanha |
31 | Biko | México |
32 | Nahm | Tailândia |
33 | The Fat Duck | Inglaterra |
34 | Fäviken | Suécia |
35 | Oud Sluis | Holanda |
36 | Amber | China |
37 | Vila Joya | Portugal |
38 | Restaurant Andre | Cingapura |
39 | 8 1/2 Otto E Mezzo Bombana | China |
40 | Combal.Zero | Itália |
41 | Piazza Duomo | Itália |
42 | Schloss Schauenstein | Suíça |
43 | Mr & Mrs Bund | China |
44 | Asador Etxebarri | Espanha |
45 | Geranium | Dinamarca |
46 | Maní | Brasil |
47 | The French Laundry | EUA |
48 | Quay | Austrália |
49 | Septime | França |
50 | Central | Peru |
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Oi,Dilu!
Uma historinha para ilustrar o seu post :
Em 2003 fomos à Borgonha e Saulieu fazia parte do nosso roteiro.Motivo:conferir a fama de Bernard Loiseau.
Hospedados em seu charmoso hotel,tivemos um jantar dos deuses.Pude vê-lo várias vezes,”espreitando” pela porta entreaberta,conferindo a reação dos presentes diante das maravilhas que lhes eram apresentadas.No dia seguinte,no café da manhã,êle veio e sentou-se à nossa mesa.Bonito,simpático,52 anos,competente,talento reconhecido a ponto de ter nota 19 no Gault & Millau e 3 estrelas no Michelin,conversou ,contou casos e partiu para dar atenção aos outros hóspedes..Ao lado do hotel,sua boutique dos sonhos:artigos que usava ou recomendava,além de outros que levavam a sua assinatura.
Um mês depois, já de volta,abro o jornal e…um choque! O Chef estava morto;como dizem poeticamente os franceses,êle “s’est donné la mort”,fraco diante dos rumores vindos da “Radio Casseroles” ( a nossa “Rádio Peão”),de que perderia uma das estrelas e teria sua nota rebaixada.Sim,a nota caiu para 17,mas,nenhuma estrela foi perdida…
Há um livro,”O Perfeccionista”( O PERFECCIONISTA: A VIDA E A MORTE DE BERNARD LOISEAU – Rudolph Chelmisky – Record),escrito como um desagravo,que narra bem esta triste história e seus bastidores perversos.
Passamos por lá há pouco tempo e vi que Madame Dominique Loiseau ,auxiliada pelo chef Patrick Bertron,
deu a volta por cima:o hotel,Relais Bernard Loiseau,continua aberto e cheio, suas 3 estrelas Michelin reluzindo na fachada e a classificação “Trés bonne table ” do Gault Millau.
Mas,o preço foi muito,muito alto…
Um beijo,
ME
Ah maravilhosa, se tivéssemos conversado sobre isso… Com certeza vc teria ajudado a enriquecer esse post. Claro que esse é um exemplo que teria de ser citado, nunca ignorado! Me deixa mais consolada saber que quem ler o post, lê também os comentários. Acho que antes de postar, vou te mandar, pois vc sempre tem algo a acrescentar. Obrigada querida!
Sao tantos ainda pra conhecer.rsrsrs
Tenho um carinho muito grande e recomendo o Daniel Bistro em NYC, o SPAGO em Beverly Hills e o Amaya em Londres. Vale muito a pena conhecê-los. Abs, FM
Felix, você tem razão… Quantos restaurantes vamos passar por essa vida sem conhecer? Uma pena! Rsrrsss Conheço o Daniel e o Spago. Esse Amaya vou guardar na minha lista, já que você indica. Se quiser, pode sempre nos presentear com essas sugestões, vamos adorar! Super obrigada! Ah, vou te contar uma coisa engraçada que aconteceu no Daniel há muito tempo. Luiz, meu marido é vegetariano, e tinha no cardápio uma coisa chamada Sweetbreads. Achamos interessante e ele pediu. Que dó! A cara que ele fez quando colocou aquilo na boca, era timo! Só assim para aprender e nunca mais esquecer! rsrsrss, bjs
Hahaha adoro o exotico e desconhecido. Sweetbreads não entrou na minha lista. Ainda não estou preparado. Rsrsrs
Foi no DB Bistro Modern do Daniel que experimentei o meu primeiro hamburger de 100 dolares. Quando o Daniel comentou que iria lançar o hamburger mais caro do mundo, me chamou atenção. O que seria?
The famous Burger Royale, a sirloin burger stuffed with brased short ribs, foiegras and black truffles. Divino. Em NY(my home), gosto muito de ir a bistros. Nos bistrôs novaiorquinos a gente acaba encontrando pratos divinos com sabores exóticos. Eu aprecio melhor um bistrô do que um restaurante. O menu eh bem mais selecionado. Chega a parecer que esta comendo na casa do chef.
Gosto muito do Brasserie 8 ½ na 57th st. Apesar de grande, sinto um certo aconchego no local.
Recomendo um bistrô no Up East Side, 22 E 66th st, o Bistro Chat Noir. Muito legal o lugar, cardapio muito bom e uma maneira diferente de ser atendido.
Gosto muito do brunch e dinner do 44&X na 10th ave esquina com 44th st. Excelente.
Poderia ficar o dia todo com as recomendações, mas vou faze-las aos poucos…rsrsrs
Fora dos EUA, já de uma vez, recomendo:
Perpignan, France : os restaurantes Le France e El Triquet (Nunca esquecerei dessa viagem).
Bjs e ate a proxima.
Ah Felix, que delicia! Obrigada pelas dicas, vou repassá-las para Marjory Traiman Kuperman que está indo para NY.
Eu também já tive a oportunidade fantástica de comer essa maravilha no Bar Boulud do Mandarin em Londres e em Miami no DB.
Querido continue nos mandando suas preciosidades.
Super obrigada, bjsss
Olá Dilu , lí atentamente seu post e mais uma vez vc nos faz sair pelo mundo da gastronomia , aprendendo filuras que o habita . Para quem não tem vivencia e larga experiencia da gastronomia nacional e internacional como vc , é difícil emitir uma opinião . Vc sabe como adoro ler o que escreve , e acredito piamente que vc deixou mais uma vez pra nós seus leitores , o que realmente acontece nos bastidores dos guardiões da Gastronomia mundo afora . Me ficou claro sua desconfiança nos critérios usados qdo vc se pergunta … ” se a lista exalta outros ” fatores” e ultrapassa o fator gastronomico. O presidente do júri da região do Brasil , o crítico da Folha Sr. Josimar Melo , poderia se dispor em uma ocasião que lhe fosse mais conveniente , explicar com mais clareza os critérios qdo é proclamado o vencedor e tbe e principalmente os critérios da escolha dos trinta e seis membros brasileiros que escolhem sete restaurantes . Concordo que sejam poucas pessoas , no caso , novecentos e trinta e seis , julgando uma infinidade de renomados restaurantes ao redor do Planeta …. rsrsrsrs …fica de olhos bem abertos nesse mundo mágico da gastronomia e nos conta tudo , tá !
Nilza querida demais, quem não tem “vivência” nunca emitiria uma opinião com tanta coerência e tamanho domínio. Vc é muito interessante e excelente companheira de blog. Bjs e obrigada
É realmente uma coisa difícil de pensar, mas acredito na seriedade do Guia Quatro Rodas, do Michelin, do guia da Folha de São Paulo. Sei por experiência própria que o “boca a boca” é a primeira fonte a levar os experts a analisar e julgar tanto um hotel quanto um restaurante. Aconteceu com o Solar do Rosário, hotel que foi do meu pai em Ouro Preto, ser classificado como Hotel de Charme do ano, logo após a sua inauguração. O detalhe é que papai ficou sabendo pelos jornais, que o pessoal do guia havia estado lá em segredo para avaliar os comentários sobre nosso hotel. Foi muito gratificante, pois foram cinco anos de restauração histórica, e tudo que papai podia ter escolhido do melhor do mundo para montar o hotel dele. Tivemos uma inauguração “soft open”, na qual tia Anna Amélia formalizou o protocolo, pois ele foi aberto apenas para receber os presidentes do Brasil, Itamar Franco, da Argentina, Uruguai e outros no evento para abertura do Mercosul.
Outro ponto é que mamãe me ensinou a viajar pela Europa sempre levando o guia Michelin bem visível, pois o europeu respeita muito o guia.
Também, sem querer ser chata, eu e meu marido fomos a Portugal ano passado, claro que com dicas de amigos daqui e de lá sobre o que fazer, o que comer, onde comprar e esse tipo de coisas. Mas também levamos o guia da Folha de São Paulo. Em Fátima, já azul de fome, quando resolvemos consultar o guia sobre restaurantes por lá. O guia indicava o Tia Alice, fomos lá. Estava lotado e a gente sem reserva. Na mesma hora deram um jeito para nos acomodar e a comida foi uma das melhores dessa viagem.
Em outro momento, em Coimbra, consultamos novamente o guia e foi uma tragédia. Chegando no Brasil, passamos um e-mail para o guia da Folha de São Paulo para que não indicassem mais aquele restaurante a ninguém eles responderam agradecendo a informação.
Para mim funciona assim: primeiro o boca a boca e depois uma avaliação. Posso estar enganada, ou ser crédula demais.
O Vittorio não compartilha da minha opinião, no setor de gastronomia ele acha que rola muita coisa estranha.
Bjo
Ana Paula, obrigada por contribuir com o blog, Fico super feliz por receber comentários como este.
Bom, aqui falamos de duas coisas. Excelente vc abrir esse outro lado. Imagino que a maioria dos viajantes compram o Guia Michelin assim que resolve um destino. Eu também sou assim. Eles são excelentes, claro que impossível não ter alguns muitos furos. Seguindo suas indicações, já tivemos surpresas excelentes e algumas nem tanto. Passamos quatro meses na Provence com dois desses livros que eram nosso terceiro companheiro, completamente indispensáveis.
Só que nesse caso especifico, dos 50 melhores restaurantes do mundo, tenho cá comigo, que essa é uma tarefa impossível de ser concluída. Estivemos no D.O.M. e no Maní há duas semanas. De forma alguma eles não chegam ao nível de muuuuuitos restaurantes que tivemos a chance de conhecer. Éramos lá, dois ilustres desconhecidos com atendimento normal. Vc pode ver a foto do aligot, mas vou postar o resto da experiência, tanto do D.O.M. quanto do Maní, com intenção de mostrar que são restaurantes bobos, enfim, nada de especial, para ser considerado o sexto melhor do mundo. Se vc puder, veja o post que fiz sobre o Elevem Madison, que é o quinto melhor. E compare! Acho que o Vitorio usou a palavra adequada: “estranha”.
O tia ALice é mesmo espetacular.
Bjs, dê sempre suas opiniões, que são também, sempre muito construtivas.
Eu estava pensando a mesma coisa que você hoje quando olhei esta lista de restaurantes: que critério usariam para classificar os restaurantes do mundo inteiro?? Nem faço a mínima idéia e me pergunto se eu realmente gostaria desses restaurantes. Porque às vezes não me sinto à vontade com uma comida completamente diferente do que estou acostumada, como a culinaria molecular. Nada contra quem faz, só não me imagino comendo espuma num momento em que eu esteja com fome. Sempre que vou ao restaurante estou com fome doida para comer alguma coisa suculenta hahaha
Uma vez estive em Paris no meu aniversário, experimentei ir num restaurante do Guy Savoy. Ninguém gostou da comida de lá, estava sem sal, sem gosto de nada e com textura estranha! Não era o que esperávamos. Lembro direitinho que os aperetivos estavam muito melhores que o prato principal. Juro que não entendi a fama do Guy Savoy! Foi um mico do meu aniversário!
Tem muitos anos que não vou a São Paulo, estou doida para fazer uma viagem gastronômica lá. Confesso que iria preferir escolher um outro restaurante do Alex Atala, o Dalva e Dito só para provar a galinhada que o sub-chef do DOM fazia para os colegas, e de tanto sucesso que fez virou prato do cardápio desse outro restaurante! Em viagens, adoro poder ter a oportunidade de descobrir restaurantes com pratos inesquecíveis, quando são maravilhosos marcam o momento da viagem. Mas, infelizmente, quase sempre é na tentativa de sorte porque não consigo confiar nos guias, prefiro a propaganda de boca a boca.
Maria, que pena esse “mico” no Guy Savoy. Restaurante caríssimo para uma comida sem sal e sem gosto. Ao contrário de vc, tive sorte e experimentei uma sopa lá que nunca mais esqueci e já fiz aqui em casa duas vezes. Caldo de alcachofra com profiteroles caramelados. Divina! Mas, tenho a impressão que de dois anos para cá a comida dos restaurantes estrelados ficaram mesmo horríveis. Ficamos 17 dias em Paris no ano passado e como eu já estava com vontade de criar o blog, fomos quase que só nesse tipo de restaurante. Comemos muito mal, deve ser por isso que Paris abocanhou tão pouco na classificação. Maria Eugênia Couri se expressa melhor que eu, no comentário que ela fez no post Alta e Baixa Gastronomia.
A comida molecular faz parte de um show. Realmente a maioria delas é para ser admirada, nem sempre saboreada. Eu mesma já enveredei varias vezes por esse caminho, hoje tenho muita preguiça, apesar de ter muitas coisas dessa linha. Mas adoro fazer espumas, tem uma coisa que chama KAPA super bacana para fazer bombons, vou postar uma novidade no Brasil que dei o nome de Fogos de artificio, na boca.
O Dalva e Dito é ótimo, exatamente pq não existe presunção. Delicia! É outro post que já tenho pronto. SP tem maravilhosos restaurantes. Vale a pena vc passar um final de semana.
Bjs querida e muito obrigada
Em todas as vezes que estive em Paris, infelizmente comi mal e era caro. Acho uma pena porque amo esta cidade! Só comi dois pratos que ficaram na minha memória. Capellini com creme branco com salmão grelhado por cima custou só 10 euros!!! lembro até hoje do sabor que tava maravilhoso e nem foi num restaurante estrelado! O outro prato é o creme brulè que adoro, o melhor que já comi foi o de Paris e quero voltar para comer de novo! Eu estava nas nuvens na primeira colherada!
Nham, fiquei curiosa com esta sua espuma explosiva, gosto de doces de qualquer jeito! Pelo menos nesta categoria de sobremesa, eu gosto muito das espumas!
Um grande beijão!!
Maria, em Paris tem restaurantes mais baratos que são maravilhosos. Só para exemplificar: L’Ami Jean (uma das melhores comidas, daquele tipo saborosíssima), Les Cocotes (uma delicia, como todos do Constantin)), Thoumieux (surpresa otima), Maison das Trufas (vamos pela menos 2 vezes), Recamier (soufle maravilhoso, só é chato pra reservar), Noura (comida libanesa), Market (comida moderna). Qdo vc voltar, vamos conversar antes.
Se quiser qdo for fazer a sobremesa e as fotos do “explosivo” rsrrssss, eu te chamo
Um dia vou fazer uma espuma que amo: de moranga, manga, gengibre e coentro
Bjs
Quando eu voltar a Paris conversarei com você sem falta! Guardarei estes nomes dos restaurantes que citou!
Pode me chamar quando quiser e farei as fotos com o maior prazer!
Beijos!
Dilu
Seu blog esta maravilhoso!
Parabens por nos dar essa experiencia e conhecimentos! Beijos grandes dilicious:)))))))))
Ah Marjory querida, este elogio vindo de você me faz muito feliz. Volta sempre, ta? Bjs e super obrigada