Agora é moda: as mais poderosas marcas de luxo do mundo decidiram variar a forma de se comunicarem, bancando exposições no mínimo, extravagantes. A bola da vez é nada mais, nada menos que Cartier “o joalheiro dos reis e o rei dos joalheiros”, com Cartier: Le Style et l’Histoire. Mostra nada menos que de-li-ran-te! Foi assim que me expressei ao ver joias delineadas em incríveis projeções – tão preciosas quanto as exibidas – aquilatando as paredes do salão de honra, com pé direito altíssimo do Museu Grand Palais: mais uma joia dentro de outra joia, Paris!
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CARTIER
Le Style et l’Histoire
Fotos: Dilu Bartolomeo Villela
Visitar a magnífica exposição Cartier: Le Style et l’Histoire – O Estilo e a História – e me deparar com esse efeito visual de tirar o fôlego, foi uma das melhores coisas que fiz nesta viagem.
Devo confessar que estava meio resistente quanto a ir ou não, já que não sou apaixonada por joias, ainda mais as inviáveis, tipo “tão longe, de mim distante”. De dentro da minha cabal ausência de conhecimento, foi essa a ideia que tive ao imaginar o museu fazendo as vezes de uma grande joalheria. Claro, completamente equivocada. A mostra, além de apresentar os bastidores da Cartier, transporta o visitante à história da marca, onde os astros são espetaculares joias e relógios.
A mostra Cartier: Le Style et l’Histoire expõe em torno de seiscentas peças desenhadas por Louis-François Cartier, parte das quase 1500 protegidas a sete, ops… a milhões de chaves. A maioria pertencente à coleção da própria marca, e algumas emprestadas por instituições públicas e colecionadores particulares.
A exposição retrata a evolução e a trajetória do joalheiro que maravilhou as mais requintadas e reconhecidas personalidades. Exibe seu trabalho, desde as primeiras criações de 1847.
A exposição já começa nos lembrando como disse no início, porque um dos reis da Inglaterra afirmou que Cartier era “o joalheiro dos reis e o rei dos joalheiros”. Sim, a exposição começa já com o que poderia ser o grand finale: as coroas, diademas e tiaras cravejadas de diamantes expostas dentro de uma torre giratória onde vão passando… fascinando… hipnotizando…
O museu abraçou a ideia e o curador Laurent Salomé, aceitou o desafio de mostrar a evolução da moda, os estilos exóticos que influenciaram Cartier, desde Maria Antonieta ao movimento Art Déco, passando pelas tendências russas, indianas, egípcias, chinesas, até o estilo moderno, marcado pela geometria.
Vou tentar ser o mais fiel possível, pois a cada passo que eu dava ali dentro, desejava que todos também vissem aquele mundo de beleza. Se tiver paciência com este imenso post, você vai ver quase tudo nestas fotos, que mostram o seguimento da exposição com diamantes, rubis, safiras, esmeraldas e outras pedras de todos os tamanhos e cores que vão sinalizando o tamanho da exuberância.
Na década de 1850, personalidades influentes atravessaram as portas da Cartier. A Princesa Mathilde comprou mais de duas centenas de peças e Eugenie ordenou um serviço de chá de prata. Assim, a joalheria se tornou fornecedora da corte imperial.
Relógios, abotoaduras, estojos para cigarro, escovas de cabelo, vestidos, revistas com fotos mostrando as joias nas suas célebres proprietárias, documentos e croquis, fotos, jornais, agendas, vídeos e objetos decorativos estão entre as peças.
A seção de relógios… é I-NA-CRE-TI-TÁ-VEL! Ao longo dos anos, as inovações tecnológicas foram sendo incorporadas pela Cartier, para criar os primeiros relógios de pulso. (Um orgulho para nós, brasileiros, com a criação de Santos Dumont).
Não foi possível tirar fotos de todos, por isso, vai aqui apenas uma parte das maravilhas.
Existe até uma seção mostrando como funciona o processo de restauração dos relógios.
Mas é claro, o percurso ainda tem perfis de membros da realeza, atrizes ou jet setters – clientes fiéis que tiveram seus nomes associados à marca Cartier.
Na parte de tiaras, a Halo, criada em 1936 para o rei George VI. Com certeza não é a mais extraordinária, mas talvez seja a mais reconhecida, pois a rainha Elizabeth II a cedeu para Kate Midletton usar em seu casamento.
Não só cabeças coroadas como Grace de Mônaco e Kate Midletton, como também as lindas cabeças, orelhas, pescoços, dedos e braços das felizardas Elizabeth Taylor, Marlene Dietrich, Wallis Simpson, a duquesa de Windsor, Maria Félix e donas de grandes fortunas que tiveram o prestígio de usar magnificas joias Cartier.
Em 1975, a atriz mexicana Maria Félix mostrou ao mundo até onde pode chegar o desejo de realizar um sonho. Levou para a loja de Paris, um filhote de crocodilo (VIVO!) para ilustrar exatamente como cobiçava enfeitar seu lindo pescoço. E essa é uma das maiores atrações da exposição.
Destaque mesmo, são as panteras. Toda a exposição mostra o quanto a Cartier dá asas à criatividade. E patas à fantasia! É o caso da pantera, símbolo da mulher – feminina, livre, elegante, sensual… Nada mais perfeito do que essa bela fera, ser o símbolo da marca.
La Panthère – Nouveau symbole féminin
Alguém já ouviu alguma coisa como o mundo vive um momento de crise? Como assim? Quando saí do museu, nem a chuva lá fora, me fez deixar de pensar se esse período de cento e vinte e três anos de história da Cartier, foi mesmo real ou se faz parte de um sonho infantil, daqueles das estórias de bruxas, príncipes e principalmente, princesas. Só me vinha à mente as imagens de imensos diamantes projetadas e em meio aos pensamentos, acabei me lembrando da exploração dos trabalhadores nas minas da África do Sul, origem da maioria das pedras da Cartier. Não ganharam nem um pedacinho, nem uma palavrinha de gratidão naquele enorme e rico Grand Palais.
Ah! E nosso Santos Dumont? Também não foi lembrado! Para não ficar sem, eu faço aqui no blog, uma pequena menção ao nosso ilustre brasileiro.
Mas fora isso, quando alguém dá uma dica TOP, deve estar pensando em algo como a exposição Cartier. Sim, essa é a mais top das tops dicas dos últimos tempos. Se estiver em Paris até o dia 16 de fevereiro de 2014, não perca!
Cartier – Le Style et l’Histoire
Até 16 de fevereiro de 2014 – Exceto às terças-feiras – Entrada: 11 euros
SALON D´HONNEUR do Grand Palais – Paris
Oh là là!!!! Adorei e fiquei sonhando em ver essa exposição!!! Não sou compradora de jóias, mas admiro os artistas e designers que as criam, mais ainda os mineiros que estão dando show de criação nesse ramo! O que mais me deslumbrou nesse post, foi a projeção das imagens nas paredes, putz, como eu queria ver isso!!!!!!!!!! E o art dèco, sou e serei eternamente apaixonada pelo art dèco! Um sonho!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkk Dilu, usei o FB do meu neto!!!!!!!!!!!!!! Sorry!!!!!
Amiga, vou te confessar que eu também fiquei estarrecida olhando para as enormes pareces. Claro que as fotos não são fieis. Maravilhoso! Bjss
Dilu, que deslumbramento! O post está grande sim, mas só com generosidade. Vc foi muito generosa em gastar tanto tempo e nos mostrar o que não vamos ver. Acho que poucas pessoas tiveram o privilegio de ver essa exposição. Obrigada, viu?
Ah que bom Ana Maria, era exatamente essa a minha intenção. Tudo tão lindo! Queria muito que vocês também pudessem ter o mesmo prazer que eu. Bjss
Babei! nossaaaa Que vontade!
Tati querida, se puder dar um jeito de viajar, fazer qualquer esforço vai valer a pena. Bjsss
Dilu, gostei muito do seu post, e mais ainda de você se lembrar dos trabalhadores e de Santos Dumont. Isso mostra sua sensibilidade. Parabens! Lelena
Lelena querida, como não pensar neles? Isso me chamou atenção. Pq não estavam lá? Principalmente Santos Dumont. Obrigada pelo seu comentário, bjss
É mesmo Dilu, Helena tem razão, no meio de tanta coisa super legal, super chic, super tudo que faz a gente esquecer de todo o resto, vc vai e lembra do que está tão longe.
Linda a exposição, que vontade!
Beijão
Linda mesmo Laura. Obrigada por sua visita mais uma vez aqui, muuuito feliz! Bjsss
Muito bacana, queria estar lá!
Fernando, dá mesmo muita vontade de visitar essa deslumbramento. Obrigada pelo comentário, bjsss
Dilu, vc acredita que fui na exposição, mas aqui vi com outros olhos. Adorei, e tb revivi aquela coisa linda. Obrigada por compartilhar com a gente todas essas maravilhas que vc coloca em posts no blog. Um grande abraço, Ju
Ju querida, que bom que você foi. Se tiver alguma foto que tenha faltado aqui, manda para nós. Bjss
Dilu, fico imaginando o tanto que deve estar essa exposição, meu Deus, queria ir ver. O bom que vc colocou e já que é impossível ir, não deixamos de saber e ter conhecimento. Brigadinha, ta? Beijão!
Ah Candida querida, não tem absolutamente o que agradecer. Bom demais poder trazer essa exposição para vocês também poderem curtir. Bjsss
Deslumbrante…. viajei na exposição através dos seus olhos e sábios comentários!!!!! Bjão!!!! Lu.
Lu querida, que delícia, fico muito feliz de você ter viajado comigo, ótima companhia kkkkkkkkk
Genteeeeee! Que lindo! Se Maomé não vai a montanha, a montanha… Adorei amiga, super obrigada!
Liliane, adorei seu comentário… obrigada fia!
Dilu, fico imaginando que assim como euzinha aqui, o monte de gente que nem sabia dessa exposição, tão linda e tão maravilhosa. Hoje com esse negocio de blog, só é desinformado quem quer, num é mesmo? Olha só! Visitei a exposição de dentro da minha casa. Sem pagar, podendo ir e voltar quantas vezes eu quisesse. Ler e reler. Ahhhh Fantástico!
rsrsrssss Clarinha, é verdade, só não sabe das coisas quem não quer. Adorei! Bjsss querida
Dica TOP mesmo, aqui é lindo? Lá é dez vezes mais. Parabéns pelo post, muito bacana!
Ah isso é verdade. Aqui no blog fica bacana, mas é claro, lá o “papo” é outro. Mas quem não tem cão….
Obrigada Joana querida.
Jóias Cartier é impressionante, atemporal e insuperável na arte, artesanato e flexibilidade.
E um tanto quanto inatingíveis, né Felix? rsrsrssss Querido, são mesmo impressionantes! Bjss
Dilu, ao ver tantas joias maravilhosas, não poderia deixar de te enviar o comercial da Cartier que também foi uma joia! Fantástico!!!! A Cartier abusou. Criou um filme de riquíssima produção, com cenas requintadas, com banda sonora de muito bom gosto, com o roteiro iniciando-se em outro século e chegando até os nossos dias, com uma única palavra sendo dita: “Cartier.” Além de nos levar a uma viagem belíssima que se inicia no Panteão de Roma, passa por Paris, Rússia, Alpes, China, Índia …. e novamente Paris.
Muito merecida a homenagem feita a Santos Dumont. Pelo que consta ele foi amigo íntimo de Cartier e foi o inventor do relógio de pulso, que até então era de corrente. Foi a solução para controlar o tempo dos seus voos, pois, suas duas mãos sempre ficavam ocupadas.
http://www.odyssee.cartier.us/#/film
Tinha visto este filme e realmente eh lindo.
Vale a pena assistir, bela fotografia.
Valeria, você ainda pegou a exposição antes de voltar? Espero que sim!
Rooooooosa!!!!!!! A-DO-REI seu comentário! Inteligente, informativo e inesperado. Obrigada!
O filme é deslumbrante, principalmente o momento que a pantera mostra sua força expulsando, sem nada fazer, apenas no olhar, o enorme animal de ouro. Tudo!
Volte mais vezes! Bjssss
Nuuu! Bonito demais. Tudo da Cartier é muito legal. Bjs e obrigada por compartilhar
Patricia, minha maior alegria ultimamente é quando vejo alguma coisa bacana, lembrar dos leitores do blog e poder compartilhar. Quem deve agradecer, sou eu. Obrigada querida!
Dilu, DESLUMBRANTE! Obrigada pela oportunidade que nos foi dada de desfrutar de belas imagens, de ver coisas tão lindas e saber um pouco mais da história dessa joalheria maravilhosa… e as presenças da pantera e de Santos Dumont… muito legais. Grande abraço, Tetê
Tetê querida, eu te agradeço por ter vindo mais uma vez elogiar. Vc é uma pessoa bacana demais!
De coração, thanksss
Eu nem ligo para jóias e olha que cresci dentro do cofre de jóias hahaha mesmo não ligando, gosto muito de ver os designs de jóias e iria adorar ver esta exposição! Me deu vontade de estar em Paris só para ir a esta exposição, adoro quando tem o formato de linha do tempo, contando a sua história. Pelo seu relato, vi que estava incrível mesmo!!!
Beijos!
Maria, quando estava lá dentro, meio que embasbacada, me lembrei de você varias vezes. Queria muito que estivesse lá comigo. Tinha certeza disso, você iria adorar! Dá um jeitinho e vai passar uma semaninha em Paris. Você não vai se arrepender. Bjss, ah! tenho de encontrar com você!
Que lindo, generoso e inteligente esse post. É o espelho de quem o escreveu.
O seu tempo é tão precioso e vc ainda o divide conosco, obrigada Dilu!
Bj bj.
Ah fia, obrigada por tão grande elogio!
Sabe que fiquei pensando nesse seu comentário e vi que meu tempo tem mesmo sido muito precioso, tenho o gasto apenas com o que mais gosto. Cada coisa que vejo, cada frase interessante que ouço (passei a ficar muito mais atenta a tudo e a todos), cada lugar maravilhoso… enfim, tudo que vivo, penso nos meus amigos do blog. Minha vida ficou muito mais rica depois de vocês. Então, quem agradece? Eu!
Bjsss
Diluuuuuuuu! Que beleza! De cair o queixo! Ainda bem que vc foi e trouxe pra gente essa COISA!!
Beijão “fia” hahahaha
Ah Cintia, ainda bem mesmo, ainda bem que quem não viu, pode ver aqui. Pelo menos dá para se ter uma ideia da grandeza e beleza do que foi montado no Grand Palais! Bjs e super obrigada
Obrigada Dilu, por nos presentear com estas maravilhas e podermos exercitar todos os nossos sentidos…Inclusive o de voltar a sonhar…
Ah… que lindo Eliana! Obrigada eu!
Espetacular o post! Muito legal! Um banho de arte e cultura! Quanto ao glamour… Inimaginável!
Jah pensou conseguir uma infinidade de pedras PURAS e de tamanhos muito parecidos para confeccionar estas maravilhas?
Adorei navegar neste post!
Bj Dilu e parabéns!
Marília, seu comentário me remeteu diretamente a Deus e sua generosidade… como o universo é rico, quantos anos de extração… quanta maravilha!
Obrigada querida, fico feliz por você ter gostado! Bjss
OMG!! What a beautiful exposition……marvelous creativity……superb craftmanship…….exquisite jewelry! Well worth seeing! Thank you for the opportunity to get a glimpse of such beauty!
Norman, my dear brother! I who should thank you for coming here on the blog. You’re “um fofo”! Bjss