BRACIOLA… Hummm… Lá vem COMFORT FOOD!

Comfort foodHummm… Lá vem Comfort food… Tipo memória gustativa, conhecida como sabor que vem da infância, aquele que carregamos com especial carinho – cabe reforçar que é aquele carinho que vem enraizado em certas lembranças. Domingo nos remete a tudo isso, é dia de lar doce lar, aconchego, conforto, perfume gostoso vindo da cozinha… Sim, o aroma dos alimentos provocam recordações afetuosas, alimentam o coração e mantêm a alma em conexão com o passado. Hoje acordei pensando no papai e como ele adorava macarrão. O bendito vinha super bem acompanhado com braciola, um dos melhores clássicos italianos, que, quando preparado de maneira correta, chega a nos transportar ao paraíso. Eu dizendo isso, até parece que sei fazer. Não, não sei! E cá pra nós, igual minha avó, poucas pessoas sabem. Esse sabor, presente na infância de toda a família, nos acompanhou vida afora. Um tenta fazer aqui, outro acolá, mas me desculpem família, igual a braciola de “vó”… ainda não provei, mesmo assim, hoje me atrevi. Papai “esteve no meu pertinho” durante todo o tempo. Meu desejo era que ele estivesse, também de corpo, comigo aqui na cozinha. Consigo até ver sua expressão de felicidade, alegria e satisfação saboreando sua comida predileta, essa que preparei especialmente para ele!

 

BRACIOLA

Dilu Bartolomeo Villela

braciola 1

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Ingredientes

2 kgs de coxão duro em bifes

sal, pimenta do reino e noz-moscada

3 molhos de salsinha bem picadinhos

1 kg de parmesão ralado ou pecorino

300 gr de toucinho bem carnudo com 1 pitada de canela

50 ml de azeite

5 dentes de alho

2 cebolas

50 gr de extrato de tomate

2 folhas de louro

Um punhado de orégano

1 pequena porção de pimenta calabresa

3 filets de anchova em conserva

Mirepoix em trito: 2 talos de aipo, 1 cenoura, 1 alho poro, 1 pimentão verde.

4 folhinhas de sálvia fresca bem picadinha

1 garrafa de vinho tinto de preferência Malbec (isso é por minha conta, minha avó não usava)

Tomilho fresco

Preparo

Bata um pouco os bifes para abri-los. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Coloque no bife, um a um, uma camada grossa de salsinha e outra de parmesão. Eu lembro que formava uma camada de mais ou menos meio centímetro verde e branco. Adicione cubinhos de toucinho picado e pulverizado com canela, tomando cuidado, pois é só para temperar e não sentir o gosto forte.

Em seguida, enrole os bifes igual bife rolé. Eu amarro com barbante, minha irmã fecha com palito. Repita esse procedimento até acabar todos os bifes.

Numa panela grande e bem quente, coloque um fio de azeite e parte dos bifes enrolados para selar. Vire-os para selar num todo e retire-os da panela. Repita o procedimento até acabar os bifes.

Enquanto isso, pique todos os legumes em trito. Reserve.

Nessa mesma panela, coloque mais um fio de azeite e coloque o alho e a cebola. Misture por uns 5 minutos e coloque o extrato de tomate, louro, orégano, pimenta calabresa e anchovas. Mexa por mais 2 minutos. Devolva todos os bifes de volta para a panela junto com o mirepoix de legumes e a sálvia.

Coloque o vinho. Deixe evaporar um pouco.

Em seguida, adicione água até cobrir toda a carne.

Cozinhe por cerca de 3 horas em fogo baixo, com a panela tampada. Depois, deixe-a descoberta para reduzir o molho. No final, coloque o tomilho.

Agora, prepare o macarrão para ser temperado com o próprio molho da carne. Não é igual da minha avó, mas é muito bom, eu garanto!

DILUdica: Segundo meu primo Antônio Miguel, minha avó demorava 1 semana no cozimento. A braciola ficava o dia inteiro no fogo baixo, à noite o fogo era desligado, no outro dia repetia a operação, e só no sétimo dia, domingo, a iguaria era servida e degustada. Afff! Estou com água na boca!

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Braciola

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BBB

14 comentários em “BRACIOLA… Hummm… Lá vem COMFORT FOOD!”

  1. Agora conta o que o “papai” achou. Eu já sei, nem precisa contar. Ficou todo metido, mostrando pros outros anjos: Olha só o que minha filha fez pra mim!

  2. Adriane Branco Penna

    Ah Dilu! Sua receita e seu texto encheram meu coração de boas lembranças… Com certeza, lá do Céu, estavam saboreando tamanha afeição: os Bartholomeus que já não estão entre nós e a Nina, cozinheira de mão cheia… treinadinha pela Vovo Leonilda.. Parabéns é obrigada pela publicação.

    1. Ah Adriane, tb fiquei emocionada com seu comentário, obrigada minha querida.
      Sim, acho que ontem teve um “almoço de domingo” daqueles que há muito tempo a gente não participa.
      Bjs e volte mais, adorei você aqui

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