A viagem foi inesquecível e rica em vários tipos de experiências. Nos fartamos com vistas e lugares deslumbrantes. Nos deliciamos com histórias reais e outras nem tanto, mas tão lindas e/ou engraçadas quanto. Nos deleitamos com cheiros que nos fizeram reviver emoções, cheiros guardados lá no fundinho de nossas memórias. Nos abraçamos na cozinha do paraíso… e melhor, éramos cientes da nobreza daquele abraço, até chorei! Nos saciamos em todos os sentidos, no autêntico significado da palavra saciedade!
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Tour Experiência
LOCANDA DELLA MIMOSA
Fotos: João Delpino e Dilu Bartolomeo Villela
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Isso foi dito em Paraíso. Das corujas, primeiro de uma sequência de posts que numa transmissão de pensamentos entre Ângela Dourado e eu, batizamos de Tour Experiência. Hoje é dia da pousada Locanda Della Mimosa.
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Estávamos alguns amigos em um restaurante e tão envolvidos ficamos em uma conversa sobre pequenas viagens, que decidimos “pousar” um fim de semana em Itaipava. Um presente de nós para nós mesmos!
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Qual o significado de pousar? Aliviar, confortar, descansar, repousar, recolher-se por breve tempo… Todos nós, “mirando” o puro bel-prazer de “pousar”, elegemos a pousada Locanda Della Mimosa para nosso pouso.
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De Belo Horizonte até quase chegar em Juiz de Fora, a estrada é péssima, esburacada e feia, mas de repente começamos a antever as paisagens que nos esperavam, pois aos poucos, ela se torna maravilhosa. Até um castelinho tem.
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A Locanda se encontra no coração do Vale Florido, entre Petrópolis e Itaipava.
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A pousada é linda…
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E é abraçada por duas montanhas belíssimas.
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E o jardim, além de lindo, tem uma área verde enorme.
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A pousada é linda, agradável, e segundo diz no site, é “um paraíso na serra, no qual o hóspede recebe aconchego, carinho, e encontra a paz e o silêncio que permitem curtir lindos momentos a dois”.
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Chegamos e fomos logo curtindo um drink de “bem chegados”. Uma delícia aqueles primeiros momentos com brindes e a aprazível gentileza do chef. Cheguei a me impressionar com “a cortesia”…
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Esperando por Maria e Augusto, resolvemos fazer uma “boquinha” para conseguir esperar o almoço. Nada melhor que dar um pulo (divino) no Casa do Alemão em Itaipava.
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Com essa, acabou nosso almoço indo “pras cucuias”. Quando o casal que esperávamos ligou, voltamos. Pois não é que eles estavam tendo um delicioso Chá das Cinco que a pousada oferece, esse sim, como cortesia.
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Também como cortesia, nos avisaram que teríamos uma massagem. Pena nenhum de nós ter tido tempo para piscina, sauna e fitness.
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A pousada também possui uma pequena biblioteca gastronômica. Da outra vez que estive lá, aproveitei muito mais minha falta do que fazer nesse pequeno e maravilhoso espaço.
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São apenas seis apartamentos… O charme da estadia fica por conta de uma coisa Dilucious, nunca tinha visto. Ao acordar, temos no quarto, música instrumental com som de água caindo e passarinho cantando. A vista da janela também é magnífica!
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Mas o quarto… (Bem, falo sobre isso mais tarde.)
Agora vamos ao que mais nos interessa: a gastronomia. Há 18 anos o Locanda Della Mimosa recebeu o título de ter o primeiro restaurante da América Latina a fazer parte das melhores cozinhas do mundo pelo guia francês Les grandes tables du monde, da Association Traditions & Qualité. Porém, com o passar do tempo, o quadro de direção da pousada foi alterado: saiu o chef de cozinha Dânio Braga, entrou o chef de novela Aguinaldo Silva. A titulo de curiosidade, dizem que a Esther da novela Fina Estampa, foi inspirada em Lilian Seldin , sua sócia na Locanda.
Nossa!!! Me perdi! Agora vamos voltar ao que interessa, né? Rsrsrsss… O café da manha é muito bom, bem servido e os garçons tentam satisfazer nossas vontades.
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Para acompanhar essas maravilhas, pedi um Capuccino. O garçom disse que não fazem, mas que tentaria me servir um, e que eu desculpasse se não ficasse do jeito que gosto. Ficou perfeito!
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E o jantar? O menu é elaborado com os ingredientes da estação e em função disso, sempre sofre alterações. Para a noite de sexta-feira, convidamos Celina e François para o jantar. Antes de sentarmos à mesa, ficamos muito bem acomodados em uma salinha reservada super linda e aconchegante que a pousada disponibiliza para situações como essa.
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Antes do jantar, eles nos serviram croquetes. Muito gostosos!
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Eu já falei aqui no blog como fico ansiosa quando sei que o restaurante tem fama de ser muito bom. Minha alegria pode ser comparada a de uma criança em um parque de diversões. Nesse jantar de sexta-feira eu estava ansiosa, alegre, feliz, animada… Nesses momentos, tenho uma tendência a super valorizar… Os croquetes estavam divinos e olha a água, que máximo!
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Todos chegaram e nos sentamos à mesa. Ah! Tudo de bom! Aquele dia era dia de pizza, mas a dona do hotel deixou a cozinha aberta para nossos pedidos.
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Sábado. Voltamos muito tarde do Paraíso das Corujas vale a pena ver aqui. Depois daquele almoço maravilhoso, pensamos em não jantar. Mas… Foi entardecendo e a fome não esquece a gente… Impressionante!
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Aqui teve mais um Linguado com Salmão e a sobremesa também igual a de ontem.
Pois bem queridos… Ante as minhas atuais experiências, estou mais tendenciosa a ver o lado positivo de tudo que tenho vivido. Porém, sei que é preciso me policiar, pois devo ser coerente com a proposta do Dilucious, antes de qualquer coisa. Por isso, quero ressaltar a pagina QUEM SOU do blog, onde falo “que do mesmo modo que críticas são bem vindas no Dilucious, os comentários negativos, quando aqui postados, terão como único objetivo, assessorar as escolhas dos leitores. Julgo que, ao expor vivências e experiências em lugares públicos, os acertos e as falhas notados, serão também de primordial importância para os estabelecimentos, pois podem servir como uma ferramenta de apoio na conquista de melhorias.”
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Achei necessário transcrever parte do QUEM SOU depois de relacionar as delícias que a Locanda nos oferece, para finalizar esse post deixando uma conclusão da minha experiência na pousada.
Sinceramente? Para finalizar, quero dizer que a pousada tenta passar a ideia de ser “bacana”, e em termos, é um pouco. Mas… Penso que não vale o preço que é cobrado, aliás não é tão bacana quanto o valor cobrado. Vejam se concordam comigo: o valor que se paga é diretamente proporcional ao que se espera encontrar. Estive na pousada no tempo do Dânio Braga. Percebo que a pousada ainda vive, em parte, da fama legada por ele.
Para justificar seus valores, a pousada necessita de uma revitalização ou uma reciclada… não sei. Só sei que deixa a desejar. Para me fazer entender, peço licença para dar uma breve pincelada naquilo que me senti incomodada.
Percebi que a herança deixada por Dânio Braga, só se aplica aos garçons, o atendimento é impecável. Mas a comida deixou de ser, não surpreende mais. Não que seja ruim, de forma alguma! Gostosa, mata a fome! Não se pode qualificar a cozinha como um “templo da gastronomia”, aquela que foi um dia, na época do chef de cozinha.
Os quartos… Bem, os tecidos usados na decoração são os mesmos da época que estive lá. Sendo assim, além de meio surrados, deixaram de ser charmosos. O quarto da Angela então… xadrez em vermelho ou laranja e branco, triste!
E a limpeza, precária. Apenas arrumaram a cama e trocaram as toalhas, repor amenidades, nem precisa dizer que não aconteceu.
Vocês se lembram do “bem chegados” da qual me referi no início do post? Da “aprazível cortesia”? Que cortesia? Não pedimos, eles trouxeram, pensei ser um mimo, mas era sim um agrado, só que cobrado… Hummm… Na realidade, esse “bem chegados” nós que nos desejamos, porque a dona da pousada, presente no local, nem se incomodou em nos dizer: Bem Vindos! Também pudera, simpatia é um algo que é preciso ter para oferecer.
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Ah legal, deu certo meu cadastramento. Não fosse isto, levaria mais tempo pra ver seu post, ou o perderia. Ficou ótimo.Sobre o post. Gostei, gostei da proposta que o mesmo encerra. É legal informação de alguém que esteve em algum lugar, sem nenhum compromisso de achar bom ou ruim e que se dispõe a fazer um comentário isento. De tudo que li Dilu, penso que este lugar, por sinal lindo, não tem boas chances de voltar a ser o que era. Ainda é lindo, ainda está entre duas montanhas, ainda tem uma biblioteca gastronômica ( esta pra mim a melhor parte viu! Vontade de entrar dentro da estante). Mas perdeu a alma. E a alma com certeza estava em pertencer a um chef de cuisine. Quando a perda é desta magnitude não há reforma de quarto que dê jeito. Acabei também, lendo seu texto, me lembrando de um ditado chinês que eu custei anos para entender e que diz mais ou menos assim: “Nunca volte ao lugar onde foi feliz”… ou ainda de Heráclito (às vezes penso que depois dos gregos tudo virou nota de roda pé , viu! ) quando nos diz que ninguém se banha duas vezes no mesmo rio…. Muito legal esta série de posts que criou. Assim já me sinaliza os possíveis rios para meus mergulhos, que são mais raros e tem de valer cada minuto e centavo dispendido kikiki. bjs Dilu, agora te acompanhando mais assiduamente.
Vera, hoje fiz um almoço aqui em casa e você foi um dos assuntos. (Sua orelha não queimou? rsrsrsss) Você é querida, sem nem nos conhecermos pessoalmente! Você é surpreendente! Você só diz o que é para ficar, nada é “en passant”! Seus comentários são para enriquecer… Adoro!
Amore, eu tenho muitos livros de gastronomia, se você quiser ler… Estão as ordens! Estou pensando em criar uma pequena estante na sala. Acho que pode ficar super lindo!
Isso é muito profundo, tanto quanto pode ser um mergulho no rio. Voltar ou não onde já se foi feliz… Ahhh… Se não retornar, pode-se perder algo; se retornar, existe a possibilidade de se decepcionar, pois o olhar e o sentir são outros…
Quanto a série Tour Experiência, fico sinceramente e imensamente feliz de você me dizer que gostou. Obrigada mesmo! Vou postar sobre a Pousada Alcobaça. Pelo que já te conheço, acho que vai amar! Pensando em seus precisos minutos e preciosos centavos, sugiro mesmo que vá a Itaipava. Maravilhosa e incrível opção de viagem!
Fico orgulhosa de mim mesma por te ter como seguidora. Juro!
Dilu, uma amiga já havia me falado que a Locanda estava meio decadente, mas você foi precisa nos comentários, olhar atento e paladar … deu prá sentir lendo você!
Katia querida, deu pra entender nesse texto que descrevo a parte boa e bonita, mas que não posso deixar de citar o que faz a pousada menos atrativa?
Bom dia!
A linda planta que você não sabe o nome é uma trepadeira originária da América do sul e que é chamada de “escova de macaco”.
Danio me falou o nome da planta, visto que os hóspedes sempre estavam a perguntar.
Graça, que ótima informação!
Obrigada querida, vou lá arrumar agora mesmo. Adorei sua visita! Um abraço grande para você!
Na Epoca do Danio, o que me incomodava na pousada nas duas ou tres vezes que estive por la era a total falta de simpatia da esposa dele. Como a comida também ja nao estava la grandes coisas, deixamos de ir a pousada. Hoje pensando em onde poderia passar meu aniversario, me lembrei da Locanda. Depois de ler seu bem escrito texto …decididamente nao vou pra la… Obrigada!!!
Ah tia Dorinha, entao pronto! Sem querer já te dei a solução para esse problema… rsrsrssss. Bora pra Mendoza! Comemoramos juntas entre um e outro! Combinado?
Resumindo, vou ser direta: quanto pagaram a diária?? Sou do Rio, ando pouco por aqui,: o q sugere para um im de semana? Mto bom e elucidativo post.
Rejane, na Locanda nos foi cobrado um pacote de sexta a domingo, duas diárias. O valor vai depender da época e de quantos dias você escolher.
Em Petrópolis, te sugiro a pousada Alcobaça (24) 2221-3162, que é linda numa construção normanda, datada de 1914 (até tenho o material para fazer o post, mas ainda não tive tempo). Depois conta sua experiência nessa magnifica região para os leitores do blog. Espero que você goste.
Obrigada por visitar o Dilucious
Bjs, Dilu
Obrigada pela dica. Bjo