Para tentar garantir uma viagem quase perfeita, é preciso levar algo a mais na bagagem: muita pesquisa. Junto àquela sensação gostosa de estar em contato a uma natureza nova, a pesquisa durante o processo de planejamento ajuda a saber onde você vai pisar, o que seus olhos vão ver, o que sua boca vai saborear, onde seu corpo vai descansar – se em pousadas, locandas, aqui na Itália: borgos… Enfim, uma viagem é feita de pesquisa, mas também de dicas – sempre bem vindas (às vezes, nem tanto). Hoje começo com uma dica legal e a outra… (lembrando que dar a dica de onde você NÃOOOO deve ir, faz parte das dicas)… Rsrsss…
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Na dúvida, siga os sinais!
Por Dilu Bartolomeo Villela
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Há uns 15 minutos do aeroporto de Roma, fomos conhecer Ostia Antica.
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Ostia antiga é um conjunto de ruínas bem preservadas que datam do século 4 aC. – dica da minha queridíssima ex-professora de português e atual super amiga Teresa Dias.
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Essa maravilha era um grande centro cosmopolita da época imperial.
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Ostia vem da palavra latina “ostium” que significa boca, pois se localiza na “boca” do Rio Tibre, onde tinha o porto mais importante – considerado o portão de Roma sobre o mar Mediterrâneo.
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Nem tudo já foi escavado, mas o que tem lá dá pra se ter uma noção da importância de Ostia na antiguidade.
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É possível visitar e apreciar as escavações da antiga metrópole etrusca, os monumentos, os mosaicos dos banhos de Netuno, um dos serviços públicos da cidade construído por Adriano…
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… o teatro erguido por Agrippa, a Casa de Diana, o Fórum, o centro político, o Templo de Roma e o que um dia foram lojas, residências, etc.
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Minha experiência do lugar foi principalmente visual. Gente, eu adoro este tipo de coisa, mas estávamos muito cansados ou não sei se o astral do lugar não bateu com o nosso, pois, mesmo estando lá, resolvemos só passear rapidamente e caçar rumo.
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Acho que era o astral mesmo, pois foi só pegar a estrada e ao começarmos a ver os ciprestes… símbolo de uma Toscana que se aproximava…
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Tudo ficou bem!
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Chegamos à nossa primeira parada. Eu não sabia, mas “borgo” quer dizer “piccolo paesino”, aldeia ou um lugar pequeno onde moram poucas pessoas.
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Mas eu sabia que era uma cidade previamente pensada com direito a restaurante estrelado… hã rã!
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Além de ser um das aldeias “più belli d’Itália“, ainda com formato de coração… Hummm! Inspirador, né?
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Deixamos o cansaço de lado e pensamos: estamos na Itália e é aqui que devemos abusar do qualquer forma “da amare“…
Como programado, sabíamos que nosso horário de chegada seria por volta das 11:30 – tempo de passearmos pela linda cidade enquanto esperávamos a hora do almoço.
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Enquanto passeava, até a chef eu vi…
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Resolvemos dar uma paradinha pra tomar uma coisinha… coisa que adoramos fazer, sem culpa! Cerveja com batata frita… ai que delícia, mas um pecado antes do almoço, ainda mais estrelado!
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Bem, chegou a hora do nosso almoço “estrelado” e por isso, tão esperado. Era tão bem recomendado…
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– Engraçado, tão vazio! Ah! Deve ser porque ainda é cedo!
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– Tem alguma coisa que não está me agradando – disse o Luiz.
– Quer ir embora amor? Eu não vou importar! Juro! – disse eu.
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– Acho chato, já estamos sentados, pedimos água, carta de vinhos…
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– Ok, vamos começar? Mas tem alguma coisa me dizendo pra simplificar o pedido! Hummm… Que azeite delicioso…
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– Interessante o pão recheado com ricota (uma das coisas que salvou o almoço).
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– Humm, que coisa esquisita e ruim esse creme de feijão branco! E não combina nada com esse cantucci mais duro que já comi na vida! Já é duro por natureza, mas assim? Quer quebrar meu dente?
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– Gente, mas com tanta coisa boa nessa Itália, essa chef resolve fazer creme de pimentão verde? Ah… nemmm… vou comer isso não! E essa lula tá meio passada do ponto de cozimento!
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– Ufa! Ainda bem que o ravioli está uma delícia, mas não entendo: tendo o melhor molho de tomate do mundo, pra que colocar creme de beterraba? Vai entender chef estrelado!
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– Comida ruim, sem tempero, mal combinada vai! Mas de má qualidade, nãoooo! Ninguém merece uma carne de cordeiro de quinta, cheia de muxiba!
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Essas coisinhas aí da próxima foto sim, elas foram grandes candidatas a salvarem o almoço. Lindas e gostosas: massa fininha com recheio cremoso, meio espumoso, muito interessante pra gente se inspirar e servir como acompanhamento.
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Adoro aprender coisas novas, aqui eles trocam o guardanapo na hora da sobremesa, achei isso bem interessante (já que é preciso achar coisas para salvar o almoço, essa foi uma das…).
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Foi servido um sorbet de alguma coisa estranha que esqueci o que era. A chef tem mania de coisa estranha.
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A sobremesa não foi nenhuma delícia, mas também nada a reclamar… Nutela, chocolate, etc
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Pirulito ma-ra-vi-lho-so! Sabe aquele nosso Esquibon? Isso! (uma das coisas que, para salvar o almoço, precisava ter vindo mais uns 200 rsrsss…).
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Já que estou buscando coisas que salvem o almoço, olha que tchuca essa xícara de café, morri por causa dela!
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Não sei quantas vezes mandei mensagem para este restaurante e fiquei sempre sem resposta. Tive pra desistir, mas era tão bem indicado… Para conseguir a reserva foi preciso gastar um telefonema (em pleno séc. XXI).
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Sei que terminei o almoço dizendo o que não à toa vivo dizendo: se algo impede de você conseguir alguma coisa (e você ficar em dúvida), não insista. Na dúvida, siga os sinais: coma bastante batata frita com cerveja na praça, isso sim é um banquete estrelado… Rsrsrss….
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À pedido, coloco o mapa com o roteiro:
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PITIGLIANO numa terra PREZIOSA
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Dilu, eu tb adoro coisas da antiguidade e nunca tinha ouvido falar de Ostia. Mas eu tb adoro comer e já ouvi várias vezes falar de restaurante estrelado que serve comida sem estrela nenhuma hahahaha É fogo!
Diluzinha, eu acho que o melhor é comer nos restaurantes de rua, nada de michelin nada de estrela, eu já cansei de comer mal.
Que cidade linda essa Montemerano, nunca ninguém falou dela. Delícia de lugarzinho!
Batata frita é o melhor invento gastronômico que existe.
Menos é sempre mais! Veja o lugar, simples e lindo!
Dilu, Fiquei até emocionada quando vc falou das batatas fritas…sempre tive vergonha de dizer, mas eu troco tudo por uma boa porção de batatas fritas bem crocante!!!
É isso ai Diluzinha! Vai lá nos simples, nos bacanões, nos mais ou menos e nos dê todas as dicas! Beijoooo!!!!
Diluzinha, a Toscana é impagável! Não precisa nem comer ela satisfaz todos os sentidos. Show!
O que vem por ai? Curiosa!
Eu também sou da opinião que a gente deve estar atento, os anjos ficam por aí mostrando o que se deve fazer. Bjss
Nunca ouvi falar de Ostia e me pareceu muito interessante. Gosto de lugares assim.Belo roteiro.