Há 1 ano fomos a Ouro Preto comemorar meu aniversário clique aqui para ver. Foi muito, muito bom!
Ué, foi bom?
Como pode? É assim tão bom, e vamos tão pouco?
Tenho de dizer, a estrada é péssima, mas…
Mas é impossível não dizer também que é “tão perto, uma viagem rápida que tem pedaços da Estrada Real, cheia de paisagens das lindas montanhas das Geraes, por todo o percurso vemos lojinhas, museus, restaurantes, lanchonetes, botecos e afins…
Enfim… Sim, se é tão bom e tão pertinho, por que vamos a Ouro Preto tão pouco? Não dá mesmo pra entender o porquê.
Mas depois de 1 ano, cá estamos novamente, só que agora, o aniversário é de Ouro Preto e pelos 306 anos do nosso Patrimônio Cultural da Humanidade, nossos votos de magia eterna. Nossos parabéns para essa cidade mágica – lugar comum falar isso, mas em se falando em obviedade, “magia” é a palavra que mais combina com Ouro Preto.
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… nossos votos de magia eterna.
Parabéns Ouro Preto!
Dilu Bartolomeo Villela
O nome Ouro Preto deriva do farto ouro que vinha recoberto com o óxido de ferro natural da região.
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Berço da Inconfidência Mineira, Ouro Preto é uma das cidades históricas mais expressivas do Brasil.
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A deslumbrante cidade conta com o maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do Brasil.
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E é nesse cenário de tirar o fôlego que acontece de 08 a 23 de julho de 2017, um dos mais tradicionais festivais de cultura do Brasil, o Festival de Inverno de Ouro Preto.
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Seminários, palestras, debates, mesas redondas (nos dois sentidos), música, dança, teatro, exposições e oficinas estão entre as muitas modalidades criadas para ocupar as ruas, praças, prédios públicos, museus e igrejas da cidade.
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Falando em igrejas, os sinos de 11 delas badalam ao mesmo tempo, em uma expressão cultural que se chama Sinerata. A tradição remonta a tempos antigos e o badalar dos sinos traz mensagens de comemoração. O “dobrar de sinos”, para quem entende, compreende assuntos mundanos e espirituais. Neste sábado o “concerto” durou uns 15 minutos e eu tive a sorte de assistir de camarote.
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O “camarote” foi a varanda da suíte do Hotel Solar do Rosário, onde nos hospedamos.
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A suíte fica na quina do prédio, por isso as muitas janelas se abrem para três lados de Ouro Preto, proporcionando vistas espetaculares do entorno da cidade e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
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Esta igreja, que é considerada a expressão do Barroco Colonial Mineiro, tem a maioria de seus nichos ocupados por santos associados à devoção negra e foi construída e frequentada por escravos. E ainda tem um sol que se põe bem atrás dela…
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O Pico do Itacolomi é outro espetáculo, com seus 1.772 metros de altitude pode ser visto de vários pontos da cidade. O pico era o ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real que o chamavam de “Farol dos Bandeirantes”.
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Depois do almoço (depois volto pra contar), subimos a mais famosa rua da cidade, a Rua Direita – olha que visual…
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Subindo a ladeira e com o privilégio de assistir a um pôr do sol em Ouro Preto… Affff….
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Passamos pela Praça Tiradentes mas nem deu pra fazer fotos, de tão poluída que estava (veja no final do post) e chegamos no largo da Igreja Nossa Senhora do Carmo.
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E a maravilhosa Igreja Nossa Senhora do Carmo…
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Ficamos por ali, tomamos um café na pousada da Verônica, conhecemos o teatro que também é deslumbrante…
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Parece que o tempo foi cronometrado para, depois do belíssimo pôr do sol, encontrarmos quem? Ninguém menos que ela… A lua nascendo… Meu Deus! Que sorte!
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Mas era precisar continuar… Com curadoria de Potiguar Castro, assistimos “Duo Cochichando”, uma homenagem a Pixinguinha com Daniel Rodrigues no violão e Márcio Lima na flauta. Foi lindo demais.
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O concerto de chorinho aconteceu no Museu do Oratório.
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Aproveitamos pra visitar o museu, que é um espetáculo à parte.
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Saímos do museu e… E lá estava ela, majestosa a nos provocar!
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E era uma maravilha depois de outra. Saímos do Museu e demos de cara com a lua, entramos na Igreja do Carmo e… Missa Festiva em comemoração aos 306 anos de Ouro Preto
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Realmente a lua foi um dos principais shows do final de semana. Ninguém contratou e ela veio, toda exibida, dar o ar da sua graça de uma maneira generosa.
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E Ouro Preto tem ainda muitas outras maravilhas!
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Sim, tem muita coisa pra se fazer na cidade, mas é impossível conhecer tudo em 2, 3 dias. Pra quem tem pouco tempo e quer conhecer mais e mais coisas, lembre-se: o bom é ter motivos pra voltar. Então, Feliz Aniversário e até em breve Ouro Preto!
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Veja a programação completa do Festival de Inverno de Ouro Preto no site festivaldeinverno.feop.com.br
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Veja post anterior do restaurante
ARMAZÉM CASA GARCIA em Ouro Preto
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Veja o próximo post do restaurante
Restaurante CHAFARIZ em Ouro Preto
1- Festival de Inverno de Ouro Preto 2017, um ótimo programa pra quem quer cultura, diversão, paisagens deslumbrantes e ainda, comemorar os 306 anos da cidade com muita festa. A programação promete agradar (e desagradar), com concertos e diferentes estilos musicais (aí mora o problema, não é a todos que agradam os vários tipos de shows selecionados para participarem do evento). Bem, “Na alegria ou na tristeza”, a Praça Tiradentes, de uma beleza que chega às raias do indescritível, se torna irreconhecível, nem tirei fotos. Os espetáculos, as dançarinas e suas danças, as bebidas e seus bêbados, enfim, a vulgaridade, a promiscuidade e outras coisas mais entram pela madrugada tirando todo o glamour e beleza da praça, o que é uma pena.
2- No mundo, qual cidade deslumbrante como Ouro Preto permite que placas horrorosas poluam as suas ruas?
3- Confesso que levei um susto na chegada de Ouro Preto quando dei de cara com essas imagens das fotos. A prefeitura não pode permitir esse tipo de coisa numa cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade – concordam, ou estou sendo chata?
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Não sei o que aconteceu que o espaço para os comentários sumiu! Afff!!!