O inverno chegou! Antes que passe… Ossobuco!

Um friozinho gostoso misturado com a ansiedade de uma carne cozinhando e esta, por sua vez, espalhando aquele aroma inconfundível não só pela casa, mas pelo bairro inteiro… Isso enlouquece qualquer ser humano que tem corpo e alma para “aquecer”. Bem gente, estou falando de um prato milanêz que tem um “Osso com buraco”. No “buraco”, ou melhor, no paraíso, você encontra o manjar dos deuses… ops… o tutano. Este corte é um nosso velho conhecido, aquele que nossas mães cansavam de preparar, você vai lembrar na hora que sentir o aroma. Lembra do músculo? Sim, é o próprio, só que, para ser batizado com esse nome chic… OSSOBUCO… a peça é cortada em rodelas grossas que preservam o osso e também, como disse antes, o tutano, iguaria sem igual em presença, sabor e untuosidade (e suntuosidade também). Então, vamos aproveitar que o inverno chegou! Antes que passe…

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OSSOBUCO

Por Dilu Bartolomeo Villela

Ossobuco

INGREDIENTES – 8 pessoas

2.5 kg de ossobuco

Sal e pimenta-do-reino a gosto

Azeite

Mirepoix em trito (legumes bem picadinhos): 150g de cenoura, 1 alho poró, 30g de aipo,  1 cebola, 4 dentes de alho, 1/2 molho de salsinha, 4 cm de nabo

1 folha de louro

1 lata de tomate pelati ou 400 gr de tomate sem pele e sem semente

250ml de vinho branco seco

2 litros de caldo de frango

tomilho fresco

Preparo

Tempere o ossobuco com sal e pimenta. Em uma panela bem quente, sele a carne no azeite e assim que corar bem dos dois lados, coloque o mirepoix e o louro. Misture bem por uns 5 minutos.

Coloque o vinho, misture e deixe evaporar.

Adicione o tomate pelati e o caldo de frango – se a carne não ficar toda coberta, complete com água. Tempere com um pouquinho de sal e pimenta do reino. Tampe, deixe em fogo baixo e lembre-se de misturar de vez em quando. Ah! lembre-se também que a pressa é inimiga da perfeição e do ossobuco. A carne é rígida, fibrosa e para extrair todo o sabor que ela tem a oferecer, é preciso paciência. O ossobuco bem feito deve ser preparado bem devagarinho por mais ou menos 3 horas. No final, coloque umas folhinhas de tomilho fresco.

POLENTA

2 colheres (sopa) de manteiga

500ml de caldo de frango ou água

200g de polenta

100g de parmesão ralado

Sal e Pimenta do reino a gosto

Preparo

Enquanto o ossobuco cozinha, ferva o caldo com a manteiga, junte a polenta em forma de chuvinha sem parar de mexer com o fouet. Deixe cozinhar em fogo bem baixinho. Na hora de servir, adicione o parmesão, tempere com sal e pimenta do reino.

GREMOLATA

O clássico OSSOBUCO normalmente é acompanhado por risotto com açafrão ou polenta (eu amo com purê de batata, por isso o ossobuco da foto é com ele). Mas o que faz ressaltar os sabores e confere mais charme, se chama gremolata, uma mistura de salsinha e manjericão picadinhos, alho cru sem o germe bem picadinho e raspas de limão.

Na hora de servir, pulverize a gremolata sobre o ossobuco.  Sirva com a polenta finalizada com parmesão ralado.

Buon appetito!

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15 comentários em “O inverno chegou! Antes que passe… Ossobuco!”

  1. Maria de Menicucci

    Achei curioso o fato de usar caldo de frango para cozinhar uma carne bovina. O normal é usar caldo de carne certo?

    Ossobuco é tudo de bom né???

    Beijos!

    1. Rsrsrsss… Curiosidade bem vinda Maria. Coloquei caldo de galinha por ser o que tinha pronto no freezer, mas também por imaginar que as pessoas de uma maneira geral, ou assim como eu, têm mais o hábito de ter em casa o Caldo de Galinha, esses comprados prontos. Eu por exemplo, só compro caldo de carne de tablete quando viajo, até tenho um monte aqui no freezer, mas queria usar o caldo natural. Mas pra te falar a verdade, não sou dona de tanto preciosismo, acho que nem saberia notar a diferença depois do preparo pronto. Enquanto que comparando o tablete de caldo de carne brasileiro, eu sinta mais primor no importado. E vc, saberia dizer no cozido depois de pronto, se foi feito com caldo de galinha ou de carne?

      Ah, eu tb amo ossobuco, aliás, eu gosto mais das carnes ditas de segunda. As de cozimeto lento e as que são mais trabalhosas para serem preparadas. Amo!

      1. Maria de Menicucci

        Eu faço caldos em casa sempre que posso mais pela saúde pois evito produto industrializado por haver muito sódio e conservante! Já fiz caldo de bacalhau, frango, legumes e carne, só falta fazer um dia o de camarão que é mais demorado! Na minha casa nunca tem caldo de tablete, exceto o de camarão que uso pra fazer uma torta de moqueca de peixe. Amo cozinhar peito de frango no caldo de frango para fazer lasanha de frango, fica tãaaao bom!

        Não sei dizer se saberia diferenciar entre o caldo de galinha e o de carne no preparo final porque nunca usei combinação cruzada! Mas acredito que haveria uma diferença mais sutil porque caldo de carne tem sabor mais forte e fechado do que o de frango na minha opinião. A diferença apareceria mais em pratos ensopados.

        Ainda não tentei preparar carnes com cozimento lento. A única vez que fiz ossobuco foi numa panela de pressão numa aula de culinária. Mas talvez eu gostaria porque gosto de fazer tudo com muuuita calma, por isso gosto mais de fazer doces do que salgado que me exige mais pressa.

  2. Vera das Alterosas

    Salve Dilu!
    Lendo este post me deu vontade de te contar uma coisa que ainda não te contei. Quase uma confissão. Quando comecei a ter o privilégio de ser convidada para seus almoços, senti que iria passar um certo “apertinho” se não mudasse aquela coisa de “ não comi e não gostei” que trazia comigo .Sei que você entenderia se eu não comesse uma ou outra iguaria. Mas foi uma oportunidade e tanto de me abrir sincera e amorosamente para o novo. Lembrei-me do velho mote: “tente tudo ao menos uma vez e… se for bom, repita! (kikiki, digo, fique com vontade de repetir que menu degustação não tem esta moleza não!) Vamos aos exemplos: você me deu a oportunidade de descobrir que gosto de pato. Também gosto daquela pasta de soja que usam na culinária japonesa e eu esqueci o nome. Descobri que meu dogma “peixe cru nem morta” foi desafiado pelo seu salmão. E gostei! E o caviar? Este eu sempre evitei. O que não chegou a ser um problema existencial ,porque eu e ele nos encontramos muito esporadicamente, apenas em alguns petiscos de festas. Mas encontra-lo em um prato seu, belíssimo, em quantidades inéditas foi uma oportunidade e tanto…. comi e não desgostei. Já ele no sorvetinho, coberto com chocolate branco – combinação impensável para mim, provei, degustei e gostei! Acho que só mesmo o pequi seria para mim um milagre muito “”over” kikiki. Mas, motivada, eu um dia, na roça, provei o danado que você ama tanto. Olho pra estas coisinhas amarelas de cheiro fortíssimo com certo carinho desde então. Na fazenda estas árvores já eram intocáveis, que não louca. Mas agora existe uma orientação adicional: quando derem frutos, colham os bonitos que minha amiga adora. Estão de pirraça, nada de pequis ano passado.Deste realmente não gostei, mas não morro sem ter provado. O que quero te dizer na verdade é que, foi a partir de você que assumi esta nova postura. Que começou em sua casa e tem me acompanhado por todos os lugares e oportunidades. Que bom, depois de meio século, poder ter um olhar e um paladar inaugural para um monte de coisas. E que bom que este post me deu a oportunidade de te contar isto. Obrigada amiga. Vou tentar pela primeira vez o ossobuco ( não gosto sem nunca ter comido). Agora, aquele charme que atende pelo nome de gremolata, ao contrário, não comi e já adorei!

    1. Como assim “Salve Dilu”? Afff!!!

      SALVE VERA!!!!!!!! SALVE VERA!!!! SALVE VERA!!!!!!

      Poderia eu, ficar aqui te saudando, te saudando… só não poderia ficar te saldando! Sim, eu não teria como saldar minha dívida para com você, que neste momento, deve estar se perguntando: essa dilu ficou doida? Tudo bem, você não sabe mesmo! Pois bem, chegou também a minha hora de confessar: uso do privilégio de ser privilegiada ao ser apta a enganar os que se sentem privilegiados! Isso mesmo, de privilégio aqui quem nada de braçada sou eu!

      Já que hoje é dia de confissão…
      Confissão 2:
      Sim, minha tão amada amiga, você engrandece meus posts cada vez que vem comentar neles. Por isso a tal dívida para com você, pois te uso, faço propaganda (enganosa???) através de seus comentários, “me abro” para o mundo com suas inúmeras contribuições, enfim… Pergunte para as pessoas o que falo de você.

      Confissão 3:
      Ao mesmo tempo que amo ler cada comentário seu, preciso confessar que, eu também passo uns apertinhos (apertões) para respondê-los… ai meu Deus, como fazê-lo sem parecer (aquilo que na realidade sou) uma coisinha qualquer?

      Confissão 4:
      Hoje tenho um problema, o existencial – o pior deles! Gostaria (com todas as forças do meu ser humano) que você escrevesse posts e mais posts e mais posts para o Dilucious. Você vai dizer que isso “não chega a ser existencial”… Tudo bem, pra vc não é, mas pra mim… Pensa bem: ficar pensando (ou penando) nas minhas noites sem dormir, que daria meu reino em troca de um “jeito VERA de escrever”. Ahhh minha filha, isso sim, é sofrer a amargura da cobiça, meu “jeito existencial de ser” em relação a você. (kkkkkkk morrendo de rir aqui sozinha… é isso que vc me provoca: risos ou arrepios)

      Confissão 5:
      Falando em arrepios, já cansei, e cansei mesmo, de te dizer que suas interpretações me fazem arrepiar. Não sei que poder é esse – que coisa! Humm… Ter essa força sobre as pessoas… ah, isso sim não é moleza não!

      Confissão 6:
      Foi até bom vc ter falado em posturas, e aqui, fica feio eu sei, mas já que Deus perdoa quem com fé confessa, com fé devo dizer que, algumas vezes me pego vigiando a mim mesma. Como será que Vera verá isso ou aquilo? Queria tanto que ela escrevesse esse texto no meu lugar – qual seria a postura dela? (Ah minha amiga, papai nos deixou uma herança maravilhosa: saber dar importância aos exemplos! Como isso é magnífico!)

      Confissão 7:
      Minha vida, ou isso que se tornou esse blog, me trouxe algo que jamais pensei encontrar. Confesso que procurei por mais de meio século… (não exagera dilu! larga mão de ficar imitando a Vera) ou por muito tempo venho procurando, não igual o amor que sinto pela minha filha e por meu marido, mas por algo bem grande que eu sentisse gratuitamente por pessoas. Encontrei graças a Deus. Obrigada fia por fazer parte delas.

      Confissão 8 e última (também pudera…)
      Mais uma vez, tenho de repetir (e depois acham que fico cansativa qdo só penso em “posts”… Ué! Quem sabe acontece um “milagre over”? Que situação! Over é não tentar!), mas num é que MAIS esse seu comentário aí daria mais um lindo post?

  3. Tania B. de Mattos

    Depois do comentário da Vera das Alterosas… hummm… escrever um HUMMMMM… pra dizer que estou babando com o ossobuco, é cair no lugar comum! Hummmmm…. nao tem pra mais ninguém!

  4. Ai Dilu, nós já comemos uma vez num restaurante e eu adorei. Eu vou tentar fazer, me pareceu muito fácil. Obrigada por compartilhar, beijão!

    1. Querida, é super fácil sim, e pra quem gosta de cozinhar, é um modo delicioso de se “mostrar” como chef. Bjs e depois nos conta como ficou, ok?

  5. Ana Paula Lanari

    Dilu, sem palavras! Só tenho a dizer que amo você, amo o Dilucious, amo as Diluzzetes e me encanta ler todos os comentários! Quando tem comentário da Vera então, melhor ficar calada e só ouvir! Beijos

    1. kkkkkkk estou com você Polinha, só que não me contento e vou lá tentar responder a nossa amiga! Ainda bem que ela é nossa! Ainda bem que foi formada essa onda de amor! Ainda bem que existem as Diluzzetes! Ainda bem que um dia a Stella criou e pronunciou a palavra Dilucious… ainda bemm… ainda bem…. ainda bem que me sinto agradecida todos os dias por tudo! Obrigada meu Deus!

    1. Concordo plenamente com você minha querida Patricia. Sem palavras para esses comentários que me fazem realizada e incentivada a continuar e continuar…

  6. Virgínia Campolina

    Nossa Senhora!!! E Salve, Salve essas meninas que expressam com tanta veemência seus sentimentos! Isso sim é bonito!
    Agora esse ossobuco é maravilhoso! Bjos para as diluzetes que fazem nossa Dilu tão feliz!

    1. Beijos para as Diluzzetes, beijos para amigas tão queridas como você minha Vir do coração, que, vc sabe, sem você, a vida não teria tanta graça… ou alegria?

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